Em entrevista ao comunicador
Francys Maya, da Rádio Vila Bela FM, João Campos tratou o assunto com
naturalidade e respeito institucional, mas fez questão de pontuar que o volume
de alianças formais com prefeitos nem sempre reflete o sentimento popular. Ele estava acompanhado da prefeita Márcia Conrado (PT) e da ex-deputada federal e pré-candidata a senadora Marília Arraes (SD).
“Eu sou prefeito. Não
vou atacar os colegas, atacar a classe. Mas a gente sabe, qualquer analista da
política sabe das circunstâncias em que isso se dá. Então é natural. Um partido
estar no governo pode aumentar o número de filiações, principalmente num tempo
em que a gente vê uma necessidade muito grande de ser duro com quem não está no
mesmo partido, que tem alguma discordância. Eu não acredito na política quando
ela funciona desse jeito”, afirmou João.
A declaração é considerada
estratégica por aliados próximos. Eles apontam que, caso o prefeito do Recife
mantenha a dianteira nas pesquisas de intenção de voto, muitos dos atuais
aliados da governadora podem rever suas posições ao longo de 2025, numa virada
natural do tabuleiro político.
Para João Campos, o que
realmente influencia uma eleição não são as alianças partidárias, mas sim o
reconhecimento do povo diante de um trabalho concreto e transformador.
“Eu tenho convicção
de que o mais importante é estar com o povo, é ter a confiança das pessoas, é
fazer um governo que entrega, que funciona, que a educação melhora, que a saúde
melhora, que a segurança melhora.”
Ao lado da prefeita de Serra
Talhada, Márcia Conrado (PT), e de outros aliados no evento, João Campos evocou
a figura do ex-governador Eduardo Campos para ilustrar seu ponto de vista sobre
liderança política e serviço público:
“Eu lembro que as
pessoas falavam, Eduardo teve uma força muito grande no Estado na reeleição
dele. (Mas) ele fez 22 UPAs só na Região Metropolitana, construiu oito
hospitais em Pernambuco. Fez a maior expansão da educação integral no Brasil,
conseguiu fazer ações estruturantes em diversas regiões. Então, ele era bom de
conversa, era bom de política, mas era bom mesmo era de trabalho, era de fazer
a coisa acontecer e chegar na ponta, chegar no povo”.
Finalizando sua fala, o
socialista resumiu com firmeza sua visão de campanha:
“Pra ser muito
sincero e sendo muito respeitoso com meus colegas, amigos prefeitos, eu acho
que não é o número de prefeitos que faz com que você ganhe ou perca uma
eleição. Quem vai dizer isso é o povo na hora certa.”
A declaração reforça a
estratégia do PSB de manter o foco na entrega de resultados e na conexão direta
com a população, deixando claro que, para João Campos, o verdadeiro cabo
eleitoral continua sendo o voto consciente dos pernambucanos.
👉 Acompanhe mais notícias e curta
nossas redes sociais:
Nenhum comentário:
Postar um comentário