Segundo assessores
presidenciais, Trump deixou claro que pretende “punir” o Brasil, mesmo
admitindo que não há justificativa econômica para a aplicação das tarifas mais
altas. Em discurso recente, o líder americano declarou que as chamadas
"tarifas recíprocas" vão variar entre 15% e 50%, sendo a alíquota
mais elevada destinada a países com os quais os EUA “não estão se dando bem”.
“Essa declaração do
Trump mostra que o Brasil virou uma questão pessoal e política para ele. Isso,
infelizmente, indica que a alíquota de 50% vai entrar em vigor”,
avaliou um auxiliar direto do presidente Lula.
Nos bastidores do governo
brasileiro, há um sentimento de frustração e apreensão. Com superávit comercial
favorável aos Estados Unidos, o Brasil acreditava que haveria margem para
negociação. Porém, interlocutores do Planalto apontam que a atuação de Eduardo
Bolsonaro, filho do ex-presidente Jair Bolsonaro, tem sido um fator de
instabilidade e pode ter contribuído para o endurecimento da posição americana
que poderá gerar grandes prejuízos as empresas brasileiras e o desemprego
generalizado.
“Se não fosse a
influência política negativa, o terreno para negociação estaria bem mais
propício”, disse outro assessor.
As declarações de Trump
surgem num momento em que os Estados Unidos buscam fortalecer acordos
bilaterais, como o que foi fechado recentemente com o Japão, e ainda alimentam
expectativas de avanço nas negociações com a União Europeia. Enquanto isso, o
Brasil se vê isolado e prestes a ser atingido pela medida que pode impactar
fortemente o setor exportador e as relações comerciais entre os dois países.
Faltam apenas oito dias para
que as novas tarifas entrem em vigor, e no Planalto o clima é de urgência. O
Itamaraty e o Ministério da Fazenda tentam uma última cartada diplomática para
reverter ou ao menos amenizar a taxação.
Caso a tarifa de 50% seja mantida, analistas preveem prejuízos bilionários em exportações de setores-chave como alimentos, metais e produtos manufaturados.
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