segunda-feira, 30 de junho de 2025

Empresa de convites encerra atividades e deixa estudantes no prejuízo

                 A promessa de um dos momentos mais esperados da vida universitária se transformou em frustração para dezenas de estudantes de Pernambuco e Minas Gerais. A Book Convites, empresa mineira com 11 anos de atuação no mercado de convites de formatura, encerrou suas atividades de forma repentina em junho de 2025, sem entregar os produtos contratados ou realizar reembolsos. A situação gerou indignação, boletins de ocorrência e investigações policiais.

Em Pernambuco, a Polícia Civil abriu inquérito para apurar o caso, após denúncia de três turmas universitárias, que afirmam ter sofrido um prejuízo de R$ 35 mil. Os alunos, que contrataram os serviços entre maio e junho de 2024, alegam que a empresa não entregou nenhum convite e tampouco prestou esclarecimentos após anunciar, via e-mail, que encerraria as operações por “questões administrativas e mercadológicas”.

“Recebemos o comunicado de encerramento e depois disso, silêncio. Nenhum e-mail foi respondido. Foi um golpe contra o nosso sonho de formatura”, relatou Laryssa Lôbo, integrante da comissão de formatura de medicina da UPE – Garanhuns, no Agreste.

Embora a sede da Book Convites fique em Belo Horizonte (MG), os impactos do encerramento das atividades vêm sendo sentidos em diversos estados. Em Minas Gerais, pelo menos 12 comissões de formatura também relataram prejuízos, com valores que, em alguns casos, superam os R$ 80 mil.

Os estudantes afetados acusam a empresa de má-fé ao continuar firmando contratos mesmo quando a descontinuidade das operações já estaria sendo planejada. Em Pernambuco, os alunos registraram boletins de ocorrência, reuniram documentação contratual e passaram a divulgar o caso nas redes sociais para alertar outras comissões.

A única comunicação oficial da Book Convites até o momento foi o e-mail genérico informando o fim das atividades e disponibilizando um endereço eletrônico de contato. Desde então, nenhuma resposta foi enviada, segundo os clientes. A página oficial da empresa nas redes sociais foi retirada do ar, e o site também está fora de funcionamento.

A Polícia Civil de Pernambuco confirmou que a investigação está em curso e que busca identificar os responsáveis, localizar possíveis bens da empresa e avaliar o alcance do prejuízo em todo o país. A conduta dos empresários pode se enquadrar em crimes como estelionato, apropriação indébita e fraude contratual.

O caso acende um alerta para estudantes de todo o Brasil que estão em fase de organização das cerimônias de formatura. Especialistas orientam que, antes de contratar qualquer empresa, as comissões devem:

  • Verificar CNPJ ativo e histórico da empresa;
  • Exigir contrato formal detalhado, com cláusulas sobre prazos e reembolsos;
  • Registrar os pagamentos e comunicações por meios oficiais;
  • Evitar repasses integrais antecipados;
  • Consultar reclamações em sites como o Reclame Aqui e Procons.

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