Em Pernambuco, a Polícia
Civil abriu inquérito para apurar o caso, após denúncia de três turmas
universitárias, que afirmam ter sofrido um prejuízo de R$ 35 mil. Os alunos,
que contrataram os serviços entre maio e junho de 2024, alegam que a empresa não
entregou nenhum convite e tampouco prestou esclarecimentos após anunciar, via
e-mail, que encerraria as operações por “questões administrativas e
mercadológicas”.
“Recebemos o comunicado de
encerramento e depois disso, silêncio. Nenhum e-mail foi respondido. Foi um
golpe contra o nosso sonho de formatura”, relatou Laryssa Lôbo, integrante da
comissão de formatura de medicina da UPE – Garanhuns, no Agreste.
Embora a sede da Book
Convites fique em Belo Horizonte (MG), os impactos do encerramento das
atividades vêm sendo sentidos em diversos estados. Em Minas Gerais, pelo menos 12
comissões de formatura também relataram prejuízos, com valores que, em alguns
casos, superam os R$ 80 mil.
Os estudantes afetados
acusam a empresa de má-fé ao continuar firmando contratos mesmo quando a
descontinuidade das operações já estaria sendo planejada. Em Pernambuco, os
alunos registraram boletins de ocorrência, reuniram documentação contratual e
passaram a divulgar o caso nas redes sociais para alertar outras comissões.
A única comunicação oficial
da Book Convites até o momento foi o e-mail genérico informando o fim das
atividades e disponibilizando um endereço eletrônico de contato. Desde então, nenhuma
resposta foi enviada, segundo os clientes. A página oficial da empresa nas
redes sociais foi retirada do ar, e o site também está fora de funcionamento.
A Polícia Civil de
Pernambuco confirmou que a investigação está em curso e que busca identificar
os responsáveis, localizar possíveis bens da empresa e avaliar o alcance do
prejuízo em todo o país. A conduta dos empresários pode se enquadrar em crimes
como estelionato, apropriação indébita e fraude contratual.
O caso acende um alerta para
estudantes de todo o Brasil que estão em fase de organização das cerimônias de
formatura. Especialistas orientam que, antes de contratar qualquer empresa, as
comissões devem:
- Verificar CNPJ ativo e histórico da empresa;
- Exigir contrato formal detalhado, com cláusulas sobre prazos e reembolsos;
- Registrar os pagamentos e comunicações por meios oficiais;
- Evitar repasses integrais antecipados;
- Consultar reclamações em sites como o Reclame Aqui e Procons.
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