Durante entrevista à
imprensa, a defesa confirmou um elemento crucial para as investigações: a
embarcação não levava coletes salva-vidas a bordo. Segundo o advogado, os itens
de segurança haviam sido deixados em um condomínio em Muro Alto, onde o casal
estava hospedado antes de iniciar o passeio de veleiro.
“Havia a obrigatoriedade no
regulamento náutico. Não era apropriado não ter os coletes, mas ocorreu essa
fatalidade”, reconheceu Rigueira, ao comentar a negligência.
O advogado também rebateu as
suspeitas de que o médico não possuía habilitação para conduzir o veleiro. “Não
há essa exigência para o tipo de embarcação e área onde navegavam”, afirmou.
Sobre as circunstâncias do
acidente, a defesa sustenta que o naufrágio foi provocado por forte correnteza
e uma possível colisão com os arrecifes. Ainda segundo o advogado, o casal
lutou por cerca de duas horas no mar, tentando alcançar os diques de contenção
de Suape.
“Eles chegaram a se
aproximar juntos da costa, com o cachorro. Mas a maré lançou Seráfico contra as
pedras. Depois disso, ele não conseguiu mais localizar a companheira, nem o
animal de estimação”, relatou.
Seráfico foi resgatado com
hematomas e levado para uma UPA, sendo transferido posteriormente para um
hospital particular devido a uma infecção. Ainda em recuperação física, o
médico também enfrenta um quadro de profundo abalo emocional.
“Ele disse que perdeu a
mulher da vida dele. Estavam felizes, comemorando o noivado. Ela até fez um
vídeo para a mãe mostrando o anel”, contou o advogado.
O caso segue em investigação
pela Polícia Civil, que apura responsabilidades e circunstâncias do acidente. O
corpo de Maria Eduarda foi encontrado três dias depois, e o sepultamento foi
marcado por forte comoção.
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