quinta-feira, 29 de maio de 2025

Pernambuco decreta situação de emergência na saúde pública diante da superlotação das UTIs neonatais

            O Governo de Pernambuco decretou situação de emergência na saúde pública por 90 dias devido ao aumento alarmante na ocupação dos leitos de Unidades de Terapia Intensiva (UTI) neonatal e pediátrica. O decreto, publicado na edição desta quarta-feira (28) do Diário Oficial do Estado e assinado pela governadora Raquel Lyra, destaca o crescimento expressivo dos casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (Srag) entre crianças, que vem causando superlotação nas emergências hospitalares e saturação das UTIs.

Conforme o texto oficial, as altas taxas de ocupação refletem o avanço preocupante da Srag no público infantil, com as UTIs pediátricas operando com 93% de ocupação e as UTIs neonatais em 100%. As enfermarias pediátricas também registram um índice elevado, com 89% de seus leitos preenchidos. Este cenário crítico levou o governo a adotar medidas urgentes para prevenção, controle e ampliação da rede de atenção à saúde infantil no estado.

Por meio de nota, a Secretaria Estadual de Saúde de Pernambuco (SES-PE) explicou que o sistema de regulação de leitos permanece dinâmico, com variações constantes em função do “giro de leito” — o complexo processo logístico e clínico que envolve a transferência de pacientes para unidades de maior complexidade. Mesmo com esse esforço, a atual demanda se mostra desafiadora: 61 crianças aguardam uma vaga nas UTIs pediátricas.

A SES-PE garantiu que todas as crianças em espera recebem assistência especializada, com acompanhamento de equipes multidisciplinares e suporte respiratório conforme suas necessidades específicas, reforçando o compromisso de oferecer cuidados intensivos mesmo em meio à pressão do sistema.

Dados epidemiológicos da SES-PE indicam que até a 21ª Semana Epidemiológica de 2025, encerrada no último sábado (24), Pernambuco notificou um total de 2.544 casos de Srag, dos quais 68,7% (1.746) ocorreram em crianças de zero a 14 anos, evidenciando o impacto significativo da doença na população infantil. Pessoas acima de 15 anos representaram 31,3% dos casos (798 notificações).

O decreto de emergência e as medidas que virão buscam responder rapidamente a essa situação crítica, visando reduzir a pressão sobre os hospitais, aumentar a capacidade de atendimento e proteger os grupos mais vulneráveis da população, sobretudo as crianças.

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