segunda-feira, 5 de maio de 2025

João Campos vê indefinição no apoio da Federação União Brasil–PP para 2026

                 O prefeito do Recife, João Campos (PSB), comentou nesta semana a indefinição sobre o futuro da Federação entre União Brasil e Progressistas (PP) em relação às eleições de 2026. Segundo ele, o modelo de federação ainda é um instrumento novo na política brasileira e exige tempo para que os partidos compreendam plenamente sua dinâmica.

“A dinâmica das federações é muito nova, todo mundo ainda está aprendendo a lidar, como é que funciona. Na prática, é uma coligação no Brasil inteiro, com todos os municípios, para todas as eleições enquanto ela estiver vigente. Vai ter uma dinâmica grande de funcionamento na Câmara e no Senado. Lá em 26, a decisão espero que seja a melhor possível”, declarou o prefeito.

João Campos afirmou ainda nutrir expectativa de que o União Brasil, presidido em Pernambuco por Miguel Coelho e atual aliado da sua gestão no Recife, tenha o comando da federação no estado. No entanto, reconheceu que a definição cabe às direções partidárias.

“Nutro uma expectativa que eles (União Brasil) possam ter o comando da federação, mas como vai ser essa decisão cabe à Federação, não a mim. Acredito que é muito cedo, até porque o regimento não está aprovado. Houve a decisão dos dois partidos em fazer a Federação, mas o conjunto de regras que disciplina isso ainda não foi construído”, explicou.

A situação torna-se ainda mais complexa diante do atual alinhamento dos partidos no estado. O União Brasil integra a base do prefeito João Campos, enquanto o PP, comandado pelo deputado federal Eduardo da Fonte, é aliado da governadora Raquel Lyra (PSD). Pelas regras da federação, a maior representatividade estadual define quem lidera o bloco, e hoje o PP detém esse protagonismo em Pernambuco.

Isso pode levar a uma possível saída do União Brasil da base de Campos, realinhando-se ao lado da governadora. Apesar disso, Miguel Coelho tem reforçado seu apoio ao prefeito recifense, mantendo o cenário político em aberto.

Além das articulações partidárias, tanto Miguel Coelho quanto Eduardo da Fonte são cotados para disputar uma das vagas ao Senado em 2026, o que adiciona mais um elemento de tensão e negociação entre os dois líderes, agora ligados por uma federação que ainda está em construção.

Mesmo diante de divergências, João Campos adotou um tom respeitoso ao comentar sobre Eduardo da Fonte, seu adversário político.

“Embora a gente não tenha, hoje, uma relação de aliança, acho que Eduardo é uma pessoa de muitas virtudes, de respeito à política, de trabalho, de dedicação. Não é porque ele não me apoia que eu não reconheço virtudes nele. Você olha a capacidade que ele tem de mobilização, de formar bancada, de ter prefeitos, de formar grupos políticos, isso é algo importante e tem que ser respeitado”, afirmou.

O cenário para 2026 permanece indefinido, mas as movimentações em torno da nova federação prometem redesenhar alianças e protagonismos na política pernambucana nos próximos meses. 

👉 Acompanhe mais notícias e curta nossas redes sociais:

📸 Instagram   👍 Facebook

Nenhum comentário:

Postar um comentário