Entre as principais queixas
estão a precariedade nas instalações, como vidros quebrados, presença de mofo,
pisos deteriorados, e a falta de medicamentos, insumos básicos e consultas
especializadas. A situação foi classificada como crítica pelos parlamentares,
que cobraram ações efetivas do governo do estado.
Durante a visita, os
deputados foram recebidos pelo comandante geral da PMPE, coronel Ivanildo
Torres, que ressaltou a importância do hospital como retaguarda para o
atendimento à tropa. No entanto, o presidente da Assembleia Legislativa de
Pernambuco (Alepe), Álvaro Porto (PSDB), afirmou que, apesar de pinturas
recentes em alguns setores, muitos problemas ainda são visíveis.
“Houve um mutirão às
pressas após o anúncio da visita. Ainda há equipamentos amontoados e muito por
fazer. Foi anunciado o repasse de R$ 60 milhões para a oncologia, mas falta o
parecer da Procuradoria-Geral do Estado para liberar o pagamento de
medicamentos”, alertou Porto.
O deputado Coronel Alberto
Feitosa (PL) reforçou a gravidade do cenário, citando casos de policiais
atendidos no Hospital da Restauração por falta de condições no HPM. “Recebemos
imagens de policiais sendo tratados no chão da Restauração porque o hospital da
PM não tinha condições de atendimento. É um serviço que o policial paga
mensalmente e que precisa funcionar com dignidade”, afirmou.
Presidente da Comissão de
Segurança Pública da Alepe, o deputado Joel da Harpa (PL) reconheceu os avanços
pontuais, mas enfatizou que o hospital, com 82 anos de funcionamento, necessita
de uma reforma estrutural urgente. “Os setores de oncologia e raio-x são
os mais deficitários. A direção está comprometida, e há uma sinalização de
investimento maior por parte do Executivo, mas ainda não é o suficiente”,
declarou.
A professora aposentada
Iandecy Ribeiro, paciente oncológica do hospital desde 2017, também expôs a
realidade enfrentada pelos usuários. Segundo ela, os três oncologistas que
atuavam na unidade foram retirados e não há previsão de reposição.
“Estou tentando
marcar uma consulta de acompanhamento e não tem médico. Estou sem rumo. O
medicamento que recebo a cada seis meses também está em falta”, desabafou.
A comitiva contou ainda com
os deputados estaduais Abimael Santos (PL), Cayo Albino (PSB), Junior Matuto
(PSB) e o deputado federal Coronel Meira (PL-PE).
O sistema de saúde dos militares já havia sido tema de audiência pública na Alepe em novembro de 2024, promovida pela Comissão de Saúde e pela Frente Parlamentar em Defesa da Saúde Mental dos Pernambucanos. A visita desta quarta reforça a urgência de investimentos e reestruturação no atendimento à categoria.
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