quinta-feira, 15 de maio de 2025

Deputados denunciam precariedade no Hospital da Polícia Militar

               Uma comitiva formada por deputados estaduais e federais realizou, nesta quarta-feira (14), uma vistoria no Hospital da Polícia Militar de Pernambuco (HPM), localizado no bairro do Derby, área central do Recife. A visita foi motivada por diversas denúncias de falhas graves na estrutura e nos serviços oferecidos aos policiais, bombeiros e seus dependentes e mostra a face mais oposicionista do presidente da Alepe, deputado Álvaro Porto (PSDB), à governadora Raquel Lyra (PSD).

Entre as principais queixas estão a precariedade nas instalações, como vidros quebrados, presença de mofo, pisos deteriorados, e a falta de medicamentos, insumos básicos e consultas especializadas. A situação foi classificada como crítica pelos parlamentares, que cobraram ações efetivas do governo do estado.

Durante a visita, os deputados foram recebidos pelo comandante geral da PMPE, coronel Ivanildo Torres, que ressaltou a importância do hospital como retaguarda para o atendimento à tropa. No entanto, o presidente da Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), Álvaro Porto (PSDB), afirmou que, apesar de pinturas recentes em alguns setores, muitos problemas ainda são visíveis.

“Houve um mutirão às pressas após o anúncio da visita. Ainda há equipamentos amontoados e muito por fazer. Foi anunciado o repasse de R$ 60 milhões para a oncologia, mas falta o parecer da Procuradoria-Geral do Estado para liberar o pagamento de medicamentos”, alertou Porto.

O deputado Coronel Alberto Feitosa (PL) reforçou a gravidade do cenário, citando casos de policiais atendidos no Hospital da Restauração por falta de condições no HPM. “Recebemos imagens de policiais sendo tratados no chão da Restauração porque o hospital da PM não tinha condições de atendimento. É um serviço que o policial paga mensalmente e que precisa funcionar com dignidade”, afirmou.

Presidente da Comissão de Segurança Pública da Alepe, o deputado Joel da Harpa (PL) reconheceu os avanços pontuais, mas enfatizou que o hospital, com 82 anos de funcionamento, necessita de uma reforma estrutural urgente. “Os setores de oncologia e raio-x são os mais deficitários. A direção está comprometida, e há uma sinalização de investimento maior por parte do Executivo, mas ainda não é o suficiente”, declarou.

A professora aposentada Iandecy Ribeiro, paciente oncológica do hospital desde 2017, também expôs a realidade enfrentada pelos usuários. Segundo ela, os três oncologistas que atuavam na unidade foram retirados e não há previsão de reposição.

“Estou tentando marcar uma consulta de acompanhamento e não tem médico. Estou sem rumo. O medicamento que recebo a cada seis meses também está em falta”, desabafou.

A comitiva contou ainda com os deputados estaduais Abimael Santos (PL), Cayo Albino (PSB), Junior Matuto (PSB) e o deputado federal Coronel Meira (PL-PE).

O sistema de saúde dos militares já havia sido tema de audiência pública na Alepe em novembro de 2024, promovida pela Comissão de Saúde e pela Frente Parlamentar em Defesa da Saúde Mental dos Pernambucanos. A visita desta quarta reforça a urgência de investimentos e reestruturação no atendimento à categoria. 

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