A eleição, que oficialmente
começa nesta quarta-feira (7), é cercada de expectativa e incertezas. Diferente
de outros conclaves recentes, não há um favorito claro, o que indica uma
disputa aberta e complexa entre diferentes alas da Igreja. Especialistas afirmam
que este poderá ser um dos processos mais longos das últimas décadas,
especialmente por ser o conclave mais internacional da história da Igreja, com
cardeais de mais de 70 países.
"Há vários perfis,
muitas personalidades que poderiam ser escolhidas. Eu diria que pelo menos
cinco ou seis", declarou o cardeal e arcebispo de Argel, Jean-Paul Vesco,
ao jornal italiano Corriere della Sera. “Mas não há nenhum que ‘esmague’ os
outros”, completou, sinalizando o caráter imprevisível da votação.
Com a saúde do Papa
Francisco se tornando motivo de especulação e discussões internas sobre o
futuro da Igreja, o conclave ganhou contornos ainda mais relevantes. O
pontificado do Papa argentino, conhecido por suas posturas reformistas e pelo
esforço em aproximar a Igreja dos mais pobres e marginalizados, deixou uma
marca profunda, mas também dividiu opiniões dentro do clero.
A partir das 15h00 (horário
local) desta quarta-feira (10h00 de Brasília), os cardeais serão isolados do
mundo exterior. Sinais de telefonia e internet serão bloqueados, e os
participantes do conclave não poderão ter acesso a meios de comunicação ou
manter contato com o exterior até o anúncio oficial do novo Papa.
A famosa chaminé instalada
no telhado da Capela Sistina voltará a ser o centro das atenções: será através
dela que o mundo saberá, por meio da cor da fumaça, se um novo Papa foi
escolhido. A fumaça preta indica que nenhum nome atingiu os dois terços
necessários dos votos. Já a fumaça branca simboliza o momento em que o 267º
Papa da Igreja Católica foi eleito.
As duas últimas eleições
papais – de Bento XVI, em 2005, e de Francisco, em 2013 – foram resolvidas em
apenas dois dias. Contudo, a complexidade atual e a diversidade cultural e
ideológica dos eleitores indicam que o processo de 2025 pode se estender por
mais tempo.
A comunidade católica
mundial, com mais de 1,3 bilhão de fiéis, aguarda ansiosamente o resultado do
conclave, que promete definir os rumos da Igreja para os próximos anos – entre
continuidade e renovação.
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