O projeto altera a Lei
Complementar nº 78 de 1993, que regulamenta a fixação do número de
representantes de cada Estado na Câmara. No parecer apresentado nesta terça
pelo relator, deputado Damião Feliciano (União-PB), o novo total de cadeiras
seria de 531 deputados federais, representando um aumento de 18 vagas em
relação às 513 atualmente existentes.
A distribuição das novas
vagas seria a seguinte:
- Santa Catarina: +4 cadeiras
- Pará: +4 cadeiras
- Amazonas: +2 cadeiras
- Rio Grande do Norte: +2 cadeiras
- Mato Grosso: +2 cadeiras
- Goiás: +1 cadeira
- Ceará: +1 cadeira
- Minas Gerais: +1 cadeira
- Paraná: +1 cadeira
A proposta tem como base os dados
mais recentes do Censo Demográfico realizado pelo Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística (IBGE) e determina que a distribuição seja validada e
submetida ao Tribunal de Contas da União (TCU).
A movimentação no Congresso
é uma resposta direta a uma determinação do Supremo Tribunal Federal (STF), que
cobrou uma revisão do número de deputados federais com base nos dados
populacionais atualizados. O processo foi motivado por uma ação do governo do
Pará, que argumentou que o Estado, devido ao crescimento demográfico, teria
direito a mais quatro parlamentares desde 2010.
Diante disso, o STF estabeleceu
prazo até 30 de junho para que o Congresso Nacional apresente uma solução. Caso
contrário, o próprio Supremo poderá definir os novos critérios de distribuição,
gerando um possível conflito entre os poderes.
Segundo o parecer do
relator, o impacto da criação das 18 novas cadeiras será de aproximadamente R$
64,6 milhões por ano. O deputado Damião Feliciano argumenta que a margem
orçamentária da Câmara já comporta esse aumento de despesas, conforme estudo da
Direção-Geral da Casa.
Cada novo parlamentar, de
acordo com os dados preliminares, geraria um custo estimado de R$ 3,6 milhões
por ano, incluindo salários, assessores, gabinete e outras despesas
operacionais. O relator, no entanto, não detalhou como esse valor foi
calculado.
Com a urgência aprovada, o
projeto poderá entrar na pauta de votações do plenário nos próximos dias. A
medida, porém, enfrenta resistência de parte dos parlamentares, especialmente
da oposição, que critica o aumento de gastos públicos em meio à crise fiscal e
à pressão por cortes orçamentários.
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