domingo, 11 de maio de 2025

Alckmin diz que INSS começará a devolver valores de descontos indevidos já no próximo pagamento

Vice-presidente anuncia ressarcimento de R$ 298 milhões e reforça bloqueio de R$ 2,5 bilhões para garantir devolução aos lesados

Os pensionistas e aposentados do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) que sofreram descontos indevidos começarão a receber os valores de volta já a partir do próximo pagamento. A informação foi confirmada neste domingo (11) pelo vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, durante visita à 5ª Feira Nacional da Reforma Agrária, em São Paulo.

Segundo Alckmin, nesta primeira etapa serão devolvidos R$ 298 milhões a beneficiários que não autorizaram qualquer cobrança, mas foram alvo de descontos irregulares em seus benefícios.

Além da restituição imediata, o governo federal, por meio da Advocacia-Geral da União (AGU), determinou o bloqueio de R$ 2,5 bilhões em bens e valores de entidades e empresas envolvidas nas fraudes. O objetivo é assegurar que todos os prejudicados sejam ressarcidos.

“É importante dizer que esse problema não começou agora, infelizmente começou lá atrás, mas vai terminar agora. O atual governo está empenhado em reparar os danos e punir os responsáveis”, declarou Alckmin.

Fraudes antigas, ação imediata

As fraudes envolvem descontos automáticos em folha de pagamento, muitas vezes vinculados a associações, serviços de proteção financeira e outros convênios, sem autorização prévia dos segurados. O caso gerou indignação entre aposentados e pensionistas, muitos dos quais sequer sabiam que estavam sendo cobrados indevidamente mês a mês.

O governo também confirmou que parte das pessoas lesadas já foi comunicada formalmente sobre os valores a serem devolvidos. Ainda assim, o vice-presidente reforçou que os beneficiários podem consultar, via aplicativo do INSS ou Meu INSS, se concordaram ou não com os descontos.

Para os que não têm acesso aos meios digitais, Alckmin adiantou que a Caixa Econômica Federal está estudando formas de atendimento presencial, garantindo que ninguém fique sem assistência:

“É uma prioridade que todos sejam atendidos, especialmente os mais vulneráveis, que muitas vezes não têm familiaridade com o uso de aplicativos ou internet”, completou.

Além do ressarcimento, o governo promete rever os critérios de autorização de descontos em benefícios previdenciários e aumentar o controle sobre convênios firmados com entidades de classe e financeiras.

A expectativa é de que novas medidas de fiscalização e proteção aos segurados sejam anunciadas nos próximos dias, como forma de impedir que casos semelhantes voltem a ocorrer. Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil


 👉 Acompanhe mais notícias e curta nossas redes sociais:

📸 Instagram   👍 Facebook 

Nenhum comentário:

Postar um comentário