"Na questão da
superpopulação, ou seja, a quantidade de presos por vaga, Pernambuco tem a pior
[do País]. O segundo indicador é a quantidade de policiais penais por preso. A
recomendação é cinco [presos] para um [policial penal]. Até pouco tempo estava
30 para um, o que gerou a situação dos chaveiros. Como não há policiais
suficientes, o Estado age como se tivesse delegado o poder correcional e o
poder das unidades aos presos. Isso tem impacto terrível para a segurança
pública", disse.
"Os criminosos
mais perigosos, que comandam facções criminosas, quando entram no sistema se
transformam em chaveiros, controlam cantinas, cobram aluguel aos presos para
dar proteção, vendem drogas. Replicam toda essa estrutura de fora da unidade no
sistema", complementou.
O Estado fechou o ano de
2024 com uma população carcerária de 29.895 presos. O número de vagas era
de 13.974, resultando em uma taxa de ocupação média de 213%.
O terceiro indicador, de
acordo com o promotor, é a reincidência dos crimes. "Os índices em
Pernambuco são altíssimos. Quando os presos saem das unidades, saem sem
oportunidade de emprego, saem viciados em drogas, e ocorre a
reincidência."
O promotor relembrou
que milhares de presos deixaram o Complexo Prisional do Curado, na Zona Oeste
do Recife, em 2023 e 2024 após a determinação da aplicação do benefício do
cômputo em dobro, ou seja, da contagem da pena cumprida multiplicada por
dois.
Mas, segundo ele, muitos
foram presos novamente porque voltaram a praticar crimes. "O sistema
penitenciário pernambucano é uma máquina de moer gente. O sistema é
caótico", definiu. Do JC /
👉 Acompanhe mais notícias e curta
nossas redes sociais:
Nenhum comentário:
Postar um comentário