Segundo a PCPE, a
organização criminosa movimentou cerca de R$ 140 milhões nos últimos dois anos,
através de crimes como sonegação fiscal, lavagem de dinheiro, falsidade
ideológica e documental. As investigações começaram em fevereiro de 2023 e se
concentraram nas cidades de Trindade e Araripina (PE) e em Marcolândia (PI),
principais pontos do setor gesseiro, responsável por mais de 90% da produção
nacional.
O grupo utilizava empresas
fantasmas para emitir notas fiscais falsas ou indevidas, com o objetivo de
simular a legalidade das cargas de gesso e burlar a fiscalização dos órgãos
fazendários.
De acordo com Antônio Emery,
Diretor de Operações da Sefaz-PE, o golpe era sofisticado:
“Muitas vezes, o gesso era
transportado sem nota. No meio do caminho, os motoristas paravam em escritórios
que apenas emitiam os documentos para acobertar o transporte. Eram empresas
criadas exclusivamente para sonegar impostos e depois desapareciam.”
O delegado Breno Varejão,
responsável pela investigação, destacou que 42 empresas de fachada foram
identificadas, todas ligadas a quatro grandes empresas que centralizavam o
esquema, com prejuízo fiscal de R$ 18 milhões apenas dessas últimas.
“Para o gesso circular
legalmente, é necessário que esteja acompanhado de nota fiscal e manifesto de
transporte. Mas o que identificamos foi uma prática sistemática de fraudes para
escapar dessa obrigação”, explicou o delegado.
A PCPE informou que o
trabalho segue com novas diligências e que os envolvidos poderão responder por
diversos crimes tributários e penais.
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