A ação, que teve início no
dia 25 de fevereiro, já havia levado à prisão oito policiais penais, incluindo
o então diretor da unidade, Charles Belarmino de Queiroz. Com a nova etapa, o
foco se volta para as esferas superiores da gestão penitenciária, revelando a capilaridade
do esquema criminoso.
Segundo a investigação,
mensagens extraídas de celulares de policiais penais detidos na primeira fase
da operação comprovaram que o ex-secretário recebia participação nos lucros
obtidos por meio das irregularidades cometidas dentro da unidade prisional.
Entre os benefícios trocados por pagamentos ilícitos estavam entrada de drogas,
bebidas alcoólicas, comidas, garotas de programa e fraudes em documentos para
progressão de regime.
As recompensas aos agentes
variavam entre transferências via Pix, joias e alimentos de alto valor
comercial, segundo a apuração da PF. O caso mais simbólico da fragilidade do
sistema ocorreu recentemente, quando um ex-detento beneficiado ilegalmente com
o regime semiaberto foi localizado e preso em Patos (PB) após cortar a tornozeleira
eletrônica e fugir.
A prisão de André
Albuquerque foi realizada em sua residência, no bairro do Prado, Zona Oeste do
Recife. No local, foram apreendidos uma arma funcional, celulares e uma
caminhonete Amarok. Após ser ouvido na sede da Polícia Federal, ele foi
encaminhado ao Complexo Prisional de Itaquitinga, na Mata Norte.
O caso gera repercussão
nacional e levanta questionamentos sobre os mecanismos de controle e
fiscalização nos presídios, além da responsabilidade da alta gestão pública na
perpetuação de práticas que violam direitos, comprometem a justiça penal e
colocam em risco a segurança pública.
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