quarta-feira, 12 de março de 2025

Recado dado: agressores de mulheres poderão pagar multas de até R$ 1 milhão em Recife

             Os dias de impunidade para agressores de mulheres estão contados em Recife. Nesta terça-feira (11), a Câmara Municipal aprovou por unanimidade um projeto de lei que impõe punições administrativas duras para aqueles que insistem na covardia da violência contra mulheres. Entre as sanções, está a aplicação de multas que podem chegar a R$ 1 milhão. Isso mesmo: quem levanta a mão para uma mulher pode ver o bolso esvaziar.

O Projeto de Lei 188, de autoria da vereadora Liana Cirne (PT), recebeu aval de 35 parlamentares e segue agora para sanção do prefeito João Campos (PSB). A nova legislação determina que os valores das multas variem de R$ 1 mil a R$ 1 milhão, conforme o poder aquisitivo do agressor. Ou seja, quem tem mais, paga mais caro pelo crime.

Mas não para por aí: além da multa, condenados em todas as instâncias da Justiça não poderão ser contratados pela Prefeitura de Recife, nem como pessoa física, nem como empresários, caso sejam sócios majoritários de empresas. Também ficarão impedidos de receber incentivos fiscais, como descontos no IPTU. O objetivo é claro: tornar a vida do agressor um inferno econômico, além das punições penais e civis já previstas em lei.

A vereadora Liana Cirne deixou claro que essa medida é um recado direto para quem ainda pensa que pode intimidar, agredir ou violentar mulheres. "É fundamental que o agressor saiba que não há mais espaço para a violência contra a mulher. Nossa sociedade precisa dizer não e não tolerar mais nenhuma forma de violência", enfatizou.

O líder do governo na Câmara, vereador Samuel Salazar (MDB), destacou que, mesmo com todo o avanço das leis, a violência contra a mulher segue presente no cotidiano, e medidas rigorosas são essenciais para combatê-la. O líder da oposição, vereador Felipe Alecrim (Novo), reforçou a necessidade da ação do poder público diante do aumento dos casos de agressão.

Agora, resta ao prefeito sancionar a lei e definir o destino dos recursos arrecadados com as multas. A expectativa é que o dinheiro seja revertido em políticas públicas de acolhimento e assistência às vítimas, garantindo que a punição dos agressores sirva também para proteger e reconstruir a vida das mulheres afetadas pela violência.

Recado dado: a violência contra a mulher tem consequências graves. Quem agride, paga. E caro!

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