quinta-feira, 6 de março de 2025

Carnaval de Pernambuco registra 57 homicídios, mas governo classifica como o 'mais seguro da história'

               O Carnaval de Pernambuco deste ano ficou marcado por um contraste preocupante: enquanto o governo estadual afirmou que a folia foi a "mais segura da história", o período carnavalesco registrou 57 homicídios em apenas seis dias, entre 27 de fevereiro e 4 de março. O dado foi divulgado pelo secretário de Defesa Social de Pernambuco, Alessandro Carvalho, em coletiva de imprensa na última quinta-feira (6).

Apesar do número elevado de crimes, o secretário destacou que este foi o menor índice de homicídios para o período de Carnaval desde 2004. Segundo ele, a segurança pública foi reforçada em todo o estado, garantindo a proteção dos foliões.

Casos graves - Mesmo com a avaliação positiva do governo, a folia pernambucana foi palco de episódios violentos, como a morte de um homem após o desfile do Galo da Madrugada, no Recife, e um tiroteio que deixou sete feridos durante o show do cantor João Gomes, na Praça do Carmo, em Olinda.

O crime ocorrido no Galo da Madrugada aconteceu no Sábado de Zé Pereira (1º), na Avenida Sul. João Amâncio Neto, de 32 anos, foi baleado por um homem após esbarrar acidentalmente na companheira dele. Outra pessoa foi atingida pelos disparos e ficou ferida. De acordo com familiares da vítima, o atirador se identificou como policial e foi liberado pela Polícia Militar. O caso segue sob investigação da Polícia Civil e da Corregedoria da Secretaria de Defesa Social (SDS), mas até o momento o responsável não foi identificado.

Já em Olinda, o encerramento da festa foi marcado por um tiroteio durante o show de João Gomes. Sete pessoas foram baleadas e o caso está sendo tratado como prioridade pela Polícia Civil, que analisa imagens de testemunhas e câmeras de segurança. O criminoso já foi localizado, segundo o secretário Alessandro Carvalho.

Governo nega falhas - Ao ser questionado sobre os episódios de violência registrados no Recife e em Olinda, o secretário Alessandro Carvalho negou que tenham ocorrido falhas na segurança pública.

"Não considero que seja falha de segurança. No caso do Galo, já tinha passado os trios, era um momento de dispersão [...]. Em Olinda, a polícia estava do lado, só que era uma quantidade de pessoas muito grande, um criminoso se infiltrou e realizou os disparos", afirmou.

O balanço oficial da Secretaria de Defesa Social também apontou que o reforço policial e o monitoramento em tempo real ajudaram a conter ocorrências mais graves durante os eventos carnavalescos. No entanto, os episódios registrados geram debates sobre a efetividade das medidas adotadas e a necessidade de um planejamento ainda mais rigoroso para os próximos anos.

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