Antonio Lopes Sever, preso
por ser suspeito de assassinar o menino Arthur Ramos Nascimento, morreu após
ser espancado pela população de Tabira em frente à delegacia da cidade na noite
de terça-feira (18). Uma multidão aguardava ele e sua companheira, Giselda da
Silva Andrade, também envolvida no caso. Giselda escapou do linchamento e está
presa.
No comunicado, a Associação dos Militares afirma que “os Policiais Militares, no exercício regular de seu dever, sempre buscam garantir a integridade física e moral de todos os envolvidos, inclusive de suspeitos que se encontram sob custódia, não sendo possível atribuir-lhes responsabilidade pelo resultado trágico de uma ação coletiva, imprevisível e violenta, realizada por populares”.
A AME defende que o suspeito
foi extraído com “força do interior da viatura por um contingente considerável
de pessoas, sem que os policiais pudessem conter, de forma eficaz e imediata, a
ação violenta daquela multidão”.
A associação destaca que os
policiais foram surpreendidos pela grande quantidade de pessoas que aguardavam
os suspeitos na porta da delegacia e que a população agiu com “extrema
hostilidade”, que resultou na morte imediata de Antonio.
Após o linchamento, a
Corregedoria Geral da Secretaria de Defesa Social instaurou procedimento para
apurar a conduta dos agentes envolvidos e a Associação dos Militares diz que
acompanha o processo “com transparência e confiança”. A Polícia Civil também
apura o caso.
Assim como a Associação dos
Militares, o Sindicato dos Policiais Civis (Sinpol) saiu em defesa dos seus
agentes, que também têm a conduta investigada pela SDS. Em nota publicada no
site, o sindicato classifica como “corajosa” a forma que os policiais atuaram
no caso de Tabira.
“Graças à atuação rápida e
técnica dos Policiais Civis, sem uso de força na contenção do grave distúrbio,
um dos suspeitos foi conduzido até a delegacia e salvo de um trágico desfecho.
No entanto, o outro suspeito, apesar dos esforços heróicos acabou atacado pela
multidão e morrendo numa unidade de saúde”, afirma o Sinpol.
Para o sindicato, os agentes
enfrentaram um “cenário de alto risco” e a situação em que eles e os suspeitos
estavam era de “perigo iminente”. Do DP
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