sábado, 25 de janeiro de 2025

Redução de vagas acirram disputa por cadeiras na Alepe em 2026

               A disputa pelas cadeiras na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) para 2026 já começou a se desenhar no pleito municipal de 2024, um movimento típico do cenário político estadual. Em análise publicada em seu blog Blog Dellas, a jornalista Terezinha Nunes detalhou os desafios e os novos contornos que tornam esta eleição ainda mais acirrada.

Entre os fatores destacados está a redução no número de cadeiras na Alepe, que passará de 49 para 48, e na Câmara Federal, de 25 para 24, uma mudança decorrente de decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) para adequação ao percentual populacional de cada estado. Essa diminuição de vagas aumenta a competitividade e impõe desafios extras aos candidatos.

Além disso, Terezinha Nunes chama atenção para a movimentação de prefeitos de grandes municípios que estão lançando familiares na corrida por uma vaga na Alepe. Cidades como Vitória de Santo Antão, Gravatá, Jaboatão dos Guararapes, e Petrolândia, entre outras, terão representantes com fortes bases políticas e eleitorais, dificultando ainda mais o cenário para candidatos sem apoio municipal consolidado.

Outra questão apontada pela jornalista é o impacto do PSB na disputa, com vereadores do Recife sendo incentivados a buscar uma vaga na Alepe, alavancados pela popularidade do prefeito João Campos. Nomes como Romerinho Jatobá, presidente da Câmara Municipal, e Gilson Machado Filho (PL), da oposição, já são considerados favoritos para entrar na disputa, ampliando a competitividade no Grande Recife.

O deputado estadual Luciano Duque (Solidariedade) expressou preocupação com o aumento da exigência de votos para garantir uma cadeira. Segundo ele, "quem não tiver 40 mil votos pode ficar de fora, e garantia mesmo de mandato só com 50 mil votos".

O economista Maurício Romão reforçou essa análise, destacando que o quociente eleitoral deve se manter semelhante ao de 2022, com 104.450 votos necessários para um partido conquistar uma vaga de deputado estadual e 207.078 para uma de deputado federal. No entanto, Romão alerta que a possibilidade de partidos elegerem candidatos com menos de 40 mil votos está cada vez mais remota.

A análise de Terezinha Nunes evidencia que, além da redução de vagas e do fortalecimento de nomes tradicionais e de familiares de prefeitos, o peso do voto metropolitano e as estratégias partidárias podem redesenhar o mapa político de Pernambuco em 2026. O cenário aponta para uma eleição altamente competitiva, exigindo estrutura política sólida e campanhas estratégicas para superar os obstáculos e garantir espaço no legislativo estadual.

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