Entre os fatores destacados
está a redução no número de cadeiras na Alepe, que passará de 49 para 48, e na
Câmara Federal, de 25 para 24, uma mudança decorrente de decisão do Supremo
Tribunal Federal (STF) para adequação ao percentual populacional de cada estado.
Essa diminuição de vagas aumenta a competitividade e impõe desafios extras aos
candidatos.
Além disso, Terezinha Nunes
chama atenção para a movimentação de prefeitos de grandes municípios que estão
lançando familiares na corrida por uma vaga na Alepe. Cidades como Vitória de
Santo Antão, Gravatá, Jaboatão dos Guararapes, e Petrolândia, entre outras,
terão representantes com fortes bases políticas e eleitorais, dificultando
ainda mais o cenário para candidatos sem apoio municipal consolidado.
Outra questão apontada pela
jornalista é o impacto do PSB na disputa, com vereadores do Recife sendo
incentivados a buscar uma vaga na Alepe, alavancados pela popularidade do
prefeito João Campos. Nomes como Romerinho Jatobá, presidente da Câmara
Municipal, e Gilson Machado Filho (PL), da oposição, já são considerados
favoritos para entrar na disputa, ampliando a competitividade no Grande Recife.
O deputado estadual Luciano
Duque (Solidariedade) expressou preocupação com o aumento da exigência de votos
para garantir uma cadeira. Segundo ele, "quem não tiver 40 mil votos pode
ficar de fora, e garantia mesmo de mandato só com 50 mil votos".
O economista Maurício Romão
reforçou essa análise, destacando que o quociente eleitoral deve se manter
semelhante ao de 2022, com 104.450 votos necessários para um partido conquistar
uma vaga de deputado estadual e 207.078 para uma de deputado federal. No
entanto, Romão alerta que a possibilidade de partidos elegerem candidatos com
menos de 40 mil votos está cada vez mais remota.
A análise de Terezinha Nunes evidencia que, além da redução de vagas e do fortalecimento de nomes tradicionais e de familiares de prefeitos, o peso do voto metropolitano e as estratégias partidárias podem redesenhar o mapa político de Pernambuco em 2026. O cenário aponta para uma eleição altamente competitiva, exigindo estrutura política sólida e campanhas estratégicas para superar os obstáculos e garantir espaço no legislativo estadual.
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