Em decisão publicada no
Diário Oficial eletrônico do TRE-PE, com data de 27 de janeiro, mas disponibilizado já nesta sexta (24), o juiz eleitoral da 57ª Zona, Dr. Cláudio Márcio Pereira
Lima, confirmou que a citação da investigada, a empresária Roseane Tenório dos Santos, foi
cumprida e determinou o prazo de dois dias para que as partes apresentem as
provas que pretendem produzir, a fim de concluir o processo.
A polêmica envolvendo a
Construtora Victória Ltda.
Um dos pontos centrais da
investigação é um cheque de R$ 1 mil, enviado via Pix pela Construtora Victória
Ltda. ao ex-servidor público Bruno Cavalcanti. A transação, que ocorreu em 28
de setembro de 2024, é apontada como um indício de compra de apoio político,
pois, segundo Bruno, o valor foi condicionado à garantia de sua manutenção no
emprego e ao apoio à candidatura de Zeca Cavalcanti, Siqueirinha e do candidato
a vereador pelo PP.
Em entrevista, Bruno
apresentou o comprovante do Pix e afirmou que foi coagido a apoiar os
candidatos do grupo político conhecido como “candidato amarelo”. A carta
precatória enviada à 76ª Zona Eleitoral de João Pessoa-PB busca esclarecer a
natureza da transação financeira e colher depoimento da empresária sócia da
Construtora Victória, que tem ligações com o ex-secretário e vereador eleito
Paulinho Wanderley (PP).
Alegações da defesa
A defesa de Thais Targino,
outra sócia da Construtora Victória e esposa do vereador eleito Paulinho
Wanderley, sustenta que o pagamento de R$ 1 mil foi feito a título de contrato
de propaganda da empresa. Conforme os advogados de defesa, o contrato firmado no
valor de R$ 2 mil incluía a produção de publicidade e, portanto, não haveria
relação com as eleições. A defesa ainda classificou as declarações de Bruno
como “fatos distorcidos” e uma tentativa de criar um fato político.
Apesar dessas argumentações,
a Justiça Eleitoral considera relevante o momento em que a transação ocorreu –
às vésperas do pleito – e a vinculação com relatos de perseguição política que
Bruno diz ter sofrido no emprego. Além disso, a defesa mencionou que o valor
poderia ter sido destinado para quitar uma dívida com o candidato a
vice-prefeito da chapa do PSB.
Com a carta precatória emitida e a intimação cumprida, o processo está em vias de conclusão. As partes têm o prazo de dois dias para apresentar as provas que considerem pertinentes, conforme a decisão judicial. O resultado dessa investigação poderá ter um impacto significativo no cenário político de Arcoverde, caso o abuso de poder seja comprovado. Caso o juiz considere que os fatos não influenciam no resultado das eleições, a ação pode ser rejeitada. Lembrando que o caso ainda está na primeira instância, podendo ter recursos para o TRE-PE e o TSE, por ambas as partes.
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