A crítica de Borges não é
infundada. A Educação, um dos pilares mais sensíveis da gestão pública, está
visivelmente fragilizada. A saída repentina do ex-secretário Alexandre
Schneider, após apenas seis meses no cargo, é um sintoma dessa instabilidade. A
suposta interferência de Gilson Filho – ligado à governadora Raquel Lyra (PSDB)
desde a gestão dela em Caruaru – teria sido um dos fatores decisivos para a
demissão de Schneider.
Na sua nota de despedida,
Schneider fez questão de destacar “valores pessoais e profissionais
inegociáveis”, sugerindo divergências éticas ou administrativas dentro da
secretaria. O fato de ele admitir que “não cuidava” da merenda escolar em sua
gestão levanta uma questão perturbadora: quem, de fato, estava no comando das
decisões cruciais? A resposta, segundo Borges, pode recair sobre o interino
Gilson Filho, descrito como protagonista de um “caos administrativo”.
A proximidade do início do
ano letivo agrava a gravidade da situação. A ausência de uma liderança
competente e a continuidade de problemas administrativos colocam em risco a
educação de milhares de estudantes. Borges fez um alerta direto: “A poucos dias
da volta às aulas, não há substituição à vista. Quem está interinamente também
não pode continuar”.
O governo do estado precisa
responder com urgência a essas críticas e apresentar soluções claras. A
Educação não pode ser refém de disputas internas ou má gestão. A dispensa
emergencial para merenda e o atraso em licitações fundamentais indicam não
apenas falta de planejamento, mas também descaso com as necessidades básicas
das escolas.
Um Apelo por
Responsabilidade
A governadora Raquel Lyra e
sua equipe precisam entender que a educação pública é mais do que uma
prioridade: é um compromisso moral e ético com o futuro do estado. Permitir que
episódios “constrangedores e mal explicados” se acumulem compromete não apenas
o ensino, mas também a confiança da população.
O pedido de Borges, embora duro, é justificado. Pernambuco merece uma gestão educacional transparente, eficiente e alinhada com os reais interesses dos estudantes e professores. Afinal, é inadmissível que uma área tão essencial esteja mergulhada em uma crise que parece longe de ser resolvida.
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