terça-feira, 17 de dezembro de 2024

TCE cobra explicações a Prefeitura do Recife sobre contrato de energia solar com irregularidades

               O Tribunal de Contas do Estado de Pernambuco (TCE-PE) pediu explicações à prefeitura do Recife sobre um contrato firmado com uma empresa de fornecimento de energia solar para escolas municipais após uma auditoria interna apontar irregularidades na contratação. O caso foi revelado nesta terça-feira (17) pelo portal Metrópoles.

No relatório, os auditores apontaram que há sobrepreço de R$ 12,5 milhões na contratação da empresa, entre outras incorreções. A prefeitura diz que vai apresentar os argumentos necessários.

O contrato foi firmado com a empresa Enove Engenharia e Energias Renováveis, com valor de R$ 19,5 milhões. A companhia ficaria responsável por elaborar o projeto, executar o fornecimento de energia em escolas municipais, além de fazer análise de viabilidade econômica e treinamento.

O valor do serviço foi estipulado com base na quantidade de kWp (quilowatt-pico) necessária para abastecer as unidades de ensino. O contrato prevê a contratação de 2.600 kWp ao preço unitário de R$ 7,5 mil.

Segundo a auditoria do TCE-PE, obtida pelo Jornal do Commercio, os técnicos afirmam que o valor cobrado é o triplo do preço médio praticado no mercado, apontando que a média do valor unitário do kWp é R$ 2,6 mil.

“Para o quantitativo total contratado de 2.600 KWp, obtém-se um sobrepreço total no contrato de R$ 12.581.114,00 (doze milhões, quinhentos e oitenta e um mil, cento e quatorze reais)”, diz o parecer.

Além do sobrepreço, o relatório também apontou adesão irregular à ata de registro de preços, ausência de estudos técnicos preliminares, projeto básico e orçamento detalhado, indefinição da necessidade de obras preparatórias e dos locais em que existe viabilidade de instalação da usina fotovoltaica.

“Não foram avaliadas as diferentes alternativas para diminuição do gasto com energia elétrica, como, por exemplo, a instalação de usina fotovoltaica (on grid, off grid e híbrido), a adesão ao mercado livre de energia, a geração compartilhada e a exploração de possíveis parcerias público-privadas, demonstrando a vantajosidade da solução escolhida em relação às outras”, apontaram os auditores. Do JCOnline 

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