Além do caso referente às
vacinas, ele cooperou com a investigação sobre a tentativa de golpe de Estado
que teria sido elaborada no alto escalão do governo Bolsonaro e também é implicado
no esquema de venda de joias e presentes entregues ao ex-presidente por
autoridades estrangeiras.
O advogado de Cid, Cezar
Bittencourt, disse à Agência Brasil, neste domingo (17), que não há “nenhuma
preocupação” da defesa de que o acordo de delação de Cid seja reavaliado.
Segundo Bittencourt, é comum que novas informações surjam durante o inquérito e
a polícia procure novamente as pessoas que estão sendo investigadas.
Mas, se a Polícia Federal
concluir que Mauro Cid não cumpriu as obrigações do acordo, o ex-ajudante de
ordens poderá ser alvo de um pedido de rescisão da colaboração. A medida não
anularia a delação, mas cancelaria os benefícios, entre eles, o direito de
permanecer em liberdade.
Mauro Cid foi preso em 3
maio de 2023, no âmbito da Operação Venire, que investiga a inserção de
dados falsos de vacinação contra a covid-19 nos sistemas do Ministério da Saúde.
Ele ficou preso em um batalhão da Polícia do Exército, em Brasília, até 9 de
setembro, quando firmou a colaboração premiada com a PF e foi solto por
decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes.
As investigações
apontaram que o ex-presidente Bolsonaro e integrantes de seu governo,
incluindo ministros de Estado e militares, formularam uma minuta, com a
participação de Bolsonaro, que previa uma série de medidas contra o Poder
Judiciário, incluindo a prisão de ministros da Suprema Corte. Esse grupo também
promoveu reuniões para impulsionar a divulgação de notícias falsas contra o
sistema eleitoral brasileiro.
Mensagens encontradas no celular de Mauro Cid mostram que, apesar de relatórios e reuniões garantirem que as urnas eletrônicas são seguras, deu-se continuidade à elaboração da minuta do golpe. Da Agência Brasil/Foto: Lula Marques
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