Conforme o Metrópoles apurou,
a intenção do governo é dar uma sensação de volta à normalidade, após as
menções favoráveis à ditadura durante a gestão do ex-presidente Jair
Bolsonaro (PL), de 2019 a 2022.
Havia expectativa para uma
ação do Ministério dos Direitos Humanos sobre a importância da
democracia, mas uma orientação do governo para a pasta não realizar solenidades
em memória do golpe serviu como guia para outros ministérios.
Dessa forma, se deu o
entendimento de ser preferível deixar a data “passar em branco” e manter a
pacificação entre os militares e o Executivo.
Em única manifestação
pública sobre o assunto, o presidente Lula afirmou que o período “já faz parte
da história” e que não pretende “ficar remoendo” o passado.
“Sinceramente, eu não vou
ficar remoendo, e eu vou tentar tocar esse país para a frente. […] O que eu não
posso é não saber tocar a história para a frente, ficar remoendo sempre,
remoendo sempre”, disse o petista em entrevista à Rede TV, no fim de fevereiro.
Ao longo do terceiro
mandato, Lula tem procurado construir uma boa relação com membros das Forças
Armadas, evitando falas que possam ser interpretadas como “revanchismo” e
outros atritos.
Em 22 de março, o presidente
compareceu a um jantar na casa de Marcos Sampaio Olsen, comandante da Marinha.
O encontro era para celebrar a primeira-dama Janja Lula da Silva como
madrinha do submarino Tonelero.
Cinco dias depois, houve a
inauguração da embarcação, junto ao presidente da França, Emmanuel Macron. Os
chefes de Estado, ao lado de Olsen e do ministro da Defesa, José Múcio,
realizaram o lançamento do submarino ao mar.
“Tenho certeza de que esse carinho que temos com a Marinha, que nós temos com a Força Aérea Brasileira, com a Aeronáutica e com o Exército brasileiro, porque um país do tamanho do Brasil precisa ter Forças Armadas altamente qualificadas, altamente preparadas ao ponto de dar respostas e garantir a paz quando nosso país precisar”, comentou Lula no evento. Veja matéria completa no Metrópoles
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