Pernambuco captou, nos
últimos dez anos em que houve operações de crédito, mais de R$ 9 bilhões,
segundo dados do e-Fisco, sistema digital de serviços ligados às receitas do
Estado.
As informações, que
compreendem o período dos governos do PSB, desmentem a narrativa de que, apenas
em 2023, a gestão da governadora Raquel Lyra (PSDB) teria obtido volume de
empréstimos 50% maior que o contratado na última década, como publicado na
edição de sábado (16) do Diário Oficial do Estado. A contestação é feita pelo
líder do PSB na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), deputado Sileno
Guedes.
O deputado lembra que, em
maio, a Alepe autorizou que o Executivo contraísse, em 2023, até R$ 3,4 bilhões
em empréstimos e que, embora esse seja o maior volume de recursos contratado em
um único ano, nem de longe supera a soma obtida em governos passados. Cifras
bilionárias já haviam sido captadas pelo Estado em anos como 2012 (R$ 2,147
bilhões), 2013 (R$ 3,094 bilhões), 2018 (R$ 1,069 bilhão) e 2022 (R$ 1,283
bilhão), totalizando, juntamente com outros empréstimos, quase o triplo do
obtido agora.
“Quero crer que as
informações distorcidas publicadas no Diário Oficial tenham sido apenas uma
distração e que a verdade seja restabelecida nas próximas edições de tão
tradicional veículo de comunicação. Esse é um meio de comunicação institucional
e que precisa manter sua tradição de informar com precisão a população
pernambucana”, argumenta Sileno, lembrando que a margem de crédito que o Estado
poderia contrair em 2023 foi decorrente do cenário fiscal favorável deixado
pelas gestões do PSB.
O parlamentar ainda aponta
outra inconsistência na divulgação oficial do Governo de Pernambuco, que
valoriza como feitos extraordinários operações de crédito como as realizadas
rotineiramente em anos anteriores, além de atribuir a conquista dos empréstimos
recentes a 28 viagens da governadora Raquel Lyra a Brasília. “A senhora
governadora poderia ter ido mil vezes à Capital Federal e nunca teria
conseguido qualquer crédito se o Estado não tivesse obtido o aval da União para
realizar operações de crédito nas gestões do PSB, que já no balanço de 2023
apontou a disponibilidade dos recursos a serem captados”, completa. Do Nill Junior
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