Após intensa mobilização dos
Municípios e de solicitação da Confederação Nacional de Municípios (CNM) pela
urgência na sanção, o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva,
anunciou a sanção e a assinou em evento do Programa Minha Casa, Minha Vida, no
Palácio do Planalto, em Brasília.
Em junho de 2022, Bolsonaro
enviou para o Congresso uma medida que previa a redução do teto do ICMS sobre
combustíveis e energia, em um movimento para aumentar sua popularidade às
vésperas da campanha eleitoral. À época, o ex-capitão também vetou medidas para
ressarcir os estados e municípios pela diminuição de arrecadação.
Para o presidente da CNM,
Paulo Ziulkoski, que convocou mobilizações que reuniram milhares de gestores
pelo pleito e tratou diretamente da pauta com representantes da Câmara, do
Senado e do governo federal, “a medida, no cenário atual de dificuldades, é um
importante alívio financeiro para o encerramento do exercício de 2023”. Com os
recursos liberados, estima-se uma injeção de R$ 6,7 bilhões nos cofres
municipais.
Desse total, R$ 4,3 bilhões
são relativos à compensação das perdas ocorridas no FPM no período de julho a
setembro de 2023 e R$ 2,4 bilhões referem-se ao adiantamento da compensação do
ICMS que seria repassada em 2024. Outros recursos, relativos ao FPM, ainda
podem ser destinados aos Municípios. Isso porque a Lei Complementar 201/2023,
para a qual os recursos foram liberados, também prevê que a União calcule – ao
fim de 2023 – possíveis quedas que deverão ser recompostas caso ocorra redução
real do repasse quando considerado todo o exercício.
Diante de sucessivos relatos de crise financeira por parte dos gestores locais, a CNM convocou mobilizações em Brasília para debater e levar a questão aos Poderes federais. Desde julho, o movimento municipalista tem se reunido em peso e apresentado as dificuldades.
Em agosto, a CNM divulgou
levantamento, mostrando que 51% dos Municípios encerraram o primeiro semestre
com as contas no vermelho.
O projeto com as medidas de recomposição do FPM e antecipação do ICMS foi sancionado em 24 de outubro. Em seguida, em 26 de outubro, a União enviou o pedido para abertura de crédito orçamentário no PLN 40/2023, a fim de arcar com as medidas. A liberação do recurso – hoje, sancionado – recebeu o aval do Congresso em 9 de novembro.
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