quinta-feira, 16 de novembro de 2023

Observatório de Segurança revela que polícia mata apenas pessoas negras no Recife

               Um estudo elaborado pela Rede de Observatórios de Segurança, projeto do Centro de Estudos de Segurança e Cidadania (CESeC), mostrou que todos os mortos pela polícia no Recife em 2022 eram pessoas negras, assim como observado em 2021. Em Pernambuco, a proporção de negros entre as vítimas de operações policiais foi de 89,66%.

O estudo "Pele Alvo", divulgado nesta quinta-feira (16), aponta que 11 negros foram mortos pela polícia na capital pernambucana em 2022. Outros três municípios do Grande Recife tiveram 100% das mortes pela força do Estado compostas por pessoas negras, são eles: Igarassu, com 7 mortes; Olinda, com 6 mortes; e Cabo de Santo Agostinho, com 5 mortes.

As forças policiais mataram 91 pessoas em Pernambuco durante 2022. Destas, 78 eram negras, 89,66% do total, segundo os critérios adotados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que considera a autodeclaração de pretos e pardos.

O Censo do IBGE 2023 aponta para uma discrepância entre a proporção de negros em Pernambuco e a de pessoas mortas pela polícia. Enquanto quase 90% das vítimas eram negras, a fatia da população que se identifica desta forma no estado é de 65,09%.

O levantamento "Pele Alvo" também apontou que o perfil das vítimas fatais das intervenções policiais é jovem. Dos 91 mortos, 62 tinham até 29 anos, 68,13% do total. A vítima mais nova morta pela polícia em 2022 foi uma criança negra de 6 anos, enquanto a mais velha foi um idoso de 75.

Os dados utilizados no estudo "Pele Alvo" são fornecidos pelas secretarias estaduais de segurança pública. Também participaram do levantamento os estados da Bahia, do Ceará, do Maranhão, do Pará, do Piauí, do Rio de Janeiro e de São Paulo. Os maiores índices de letalidade da polícia foram identificados na Bahia, com 1.465 mortes, e no Rio de Janeiro, com 1.330. Do G1PE

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