O secretário de Defesa
Social, Alessandro Carvalho, que assumiu a pasta no mês passado, decidiu que o
registro das queixas de roubo pela Delegacia Interativa precisa ser oferecido à
população para evitar as subnotificações.
"O que ocorria é que os
campos eram insuficientes para prestar as informações mínimas necessárias
e esses campos não eram de preenchimento obrigatório. Se o campo fosse
deixado em branco, a investigação não era instaurada", afirmou Carvalho,
durante visita à sede do Sistema Jornal do Commercio de Comunicação, nesta
terça-feira (17).
"Não nos interessa ter
subnotificação. Nós queremos saber qual é a real quantidade de crimes que está
ocorrendo no Estado e qual é o local onde ocorre para que a gente tenha um
planejamento melhor possível para reduzir esses dados. A Secretaria de
Defesa Social, junto com a Polícia Civil, está reformulando o formulário. Novo
campos foram criados e se tornarão obrigatórios aqueles que precisam
ser", disse o secretário estadual.
Na época em que a SDS
interrompeu o serviço de queixas de roubo pela internet, houve muitas críticas.
O presidente da Ordem dos Advogados do Brasil - seccional Pernambuco (OAB-PE),
Fernando Ribeiro Lins, classificou a decisão como um
"retrocesso". O Ministério Público Estadual também solicitou
esclarecimentos à pasta estadual.
De janeiro a setembro deste
ano, 34.867 boletins de ocorrência de crimes violentos contra o patrimônio
(roubos) foram somados pela polícia em Pernambuco. No mesmo período de 2022,
foram 38.326 ocorrências.
O detalhe é que somente a partir de abril deste ano, quando a população passou a ser impedida de registrar as queixas de roubos pela internet, as estatísticas dessa modalidade criminosa caíram. Essa redução pode indicar que houve subnotificação, já que muitas vítimas têm dificuldade em encontrar delegacias abertas à noite e nos fins de semana - principalmente nas cidades do interior. Do JC Online
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