Atualmente, o país tem 71,44
milhões de pessoas em situação de inadimplência, de acordo com levantamento
feito pelo Serasa em abril. Segundo o ministro da Fazenda, Fernando Haddad,
pelo menos 30 milhões de pessoas que estão com CPFs negativados devem ser alcançadas
pela medida.
"Entendemos que os
credores querem participar do programa dando bons descontos justamente em
virtude da liquidez que vão ter, porque vai ter garantia do Tesouro para os
créditos renegociados", pontuou o ministro da Fazenda, Fernando Haddad. O
prazo de renegociação pode chegar a 60 meses (5 anos).
As negociações feitas pelos
endividados terão garantia do Fundo de Garantia de Operações (FGO). "Nós
colocamos sob o guarda-chuva do FGO, que está com quase R$ 10 bilhões de
recursos, para avalizar os créditos negociados", frisou.
De acordo com o ministro, os
credores que escolherem participar do programa terão que, imediatamente,
perdoar dívidas de até R$ 100. "Qualquer credor que queira participar do
programa, terá que abonar o débito de quem tem dívidas de até R$ 100. A ideia é
que ele imediatamente tire o nome do devedor do SPC, Serasa, para se habilitar
a participar do programa. Esse é o objetivo nosso", disse. Segundo Haddad,
há 1,5 milhão de brasileiros com dívidas até esse valor.
O Desenrola funcionará em
uma plataforma eletrônica ma qual as empresas credoras apresentarão os débitos
com descontos. Os devedores poderão, então, usar a plataforma para concordar
com o refinanciamento. O Tesouro vai garantir que a empresa receberá o valor
refinanciado.
Segundo os dados do Serasa, a maior parte das dívidas negativadas do país (66,3%) não é com bancos, e sim com varejistas e companhias de água, gás e telefonia. De acordo com Haddad, o governo realizará grandes leilões que devem ser divididos por setores. As empresas que derem os maiores descontos estarão aptas a participar do programa. Com informações do CorreioBraziliense
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