"Por possuir natureza
de cunho estritamente pessoal, constitui prerrogativa do magistrado que, por
razões particulares, julga-se suspeito para o livre exercício de sua atividade
jurisdicional", diz trecho do documento entregue por Malucelli à Justiça.
O pedido aconteceu na
quinta-feira (20). Ele era relator da operação em segunda instância, ou seja, o
juiz responsável por avaliar eventuais recursos nos casos. O processo do CNJ
começou depois de um pedido de prisão contra o advogado Tacla Duran na Lava
Jato. Duran tem feito acusações contra Moro.
A ordem do desembargador
teria ocorrido mesmo após o Supremo Tribunal Federal (STF) suspender apurações
sobre o advogado e fixar que a competência para analisar o caso de Duran seria
do Supremo.
A movimentação levantou a
suspeita de falta disciplinar por parte do desembargador. Isso por causa da
relação de Malucelli com a família do senador Sergio Moro (União Brasil-PR). O
juiz é pai de João Eduardo Barreto Malucelli, sócio do escritório de advocacia
de Moro e da esposa do senador, a deputada federal Rosângela Moro (União-SP). A
informação foi divulgada pelo colunista Lauro Jardim, do jornal "O
Globo". Tacla levou em depoimento à Justiça no último mês acusações contra
Moro.
Antes do fim do processo do
CNJ, Malucelli entregou ao tribunal pedindo o seu pedido de afastamento do
caso.
"Ante a ocorrência de
circunstâncias posteriores à data em que assumi os processos oriundos da
presente operação e que se relacionam com a integridade física e moral de
membros da minha família, declaro minha suspeição superveniente, por motivo de
foro íntimo, para atuar neste e em todos os demais processos relacionados por
prevenção", disse o magistrado em um despacho.
Malucelli está de férias desde a última segunda-feira (17) e deve voltar ao trabalho em maio. De acordo com a assessoria do TRF4, as férias haviam sido marcadas em 3 de fevereiro. Do G1
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