O espaço foi cedido a duas
empresas privadas para a instalação de um data center e um ponto de chegada de
um cabo submarino de internet. A medida foi criticada na comunidade científica
e foi alvo de questionamentos do Ministério Público e de pedido
do Ministério Público de Contas.
O Iphan lembrou que a região
é Área de Entorno e de Proteção da Paisagem do Sítio Histórico de Olinda,
e que, por isso, qualquer obra só pode ocorrer depois de análise técnica e
aprovação do órgão federal, o que não ocorreu.
O envio da notificação foi
confirmado nesta segunda-feira (5) pelo Iphan, e feito na sexta-feira (2). A
nota técnica, por sua vez, foi emitida na quinta-feira (1º). O Iphan, no
documento, sugere que o governo use a antiga Fábrica Tacaruna para a instalação
do data center, que é um centro de processamento de dados com computadores de
última geração.
A Fábrica Tacaruna, de
açúcar em tabletes, foi inaugurada em 1895, e transformada numa refinaria de
açúcar no século 20. Depois, em 1925, foi transformada na Companhia Manufatora
de Tecidos do Norte. Em 1992, foi completamente desativada e, desde 1994, tombada
pela Fundação do Patrimônio Artístico e Cultural de Pernambuco (Fundarpe) e
pelo Conselho Estadual de Cultura.
Desde então, foi alvo de
vários projetos de tentativa de recuperação, mas até hoje está em ruínas. Na
nota técnica emitida, o Iphan pede que a fábrica seja aproveitada no projeto e,
assim, seja restaurada, cumprindo o previsto no Plano Diretor de Olinda.
O Iphan afirma, ainda, que a área do Espaço Ciência, conhecida como Memorial Arcoverde, "é de relevância histórica, urbanística e paisagística para Olinda e para o Recife, a ser tratada urbanisticamente e protegida de interferências negativas como a perda da função social, assim como o não aproveitamento de seu potencial".
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