No Estado, o público
estimado nesta faixa etária é 264 mil pessoas. A decisão foi tomada em
reunião da Comissão Intergestores Bipartite (CIB), que inclui a Secretaria
Estadual de Saúde (SES-PE) e as prefeituras das cidades pernambucanas, com o
apoio dos especialistas membros do Comitê Estadual de Acompanhamento da Vacinação.
Ainda segundo o órgão, um
levantamento técnico da secretaria mostra que a maior parte dos internados
por Covid-19 nos leitos de terapia intensiva são pacientes que estão
nesta faixa etária contemplada.
"Considerando que os
idosos acima de 80 anos sofrem com a imunossenescência, perda progressiva da
imunidade associada ao avanço da idade, o que é um grande fator de risco para
adoecimentos graves pela Covid-19, Pernambuco decide, neste momento, autorizar
a aplicação de uma terceira dose de reforço nesta população, garantindo, assim,
uma proteção mais robusta aos nossos idosos. Sabemos, também, que o cenário
atual aponta uma falta de disponibilidade, por parte do Governo Federal, de
imunizantes que atendam toda a população", ressalta o secretário estadual de
Saúde, André Longo.
As vacinas usadas para a
quinta dose são as da Pfizer e serão enviadas na quarta-feira (23) para as
Gerências Regionais de Saúde (Geres), onde ficarão à disposição dos municípios.
Segundo a superintendente de
Imunizações de Pernambuco, Ana Catarina Melo, para tomar a quinta dose, o idoso
precisa ter tomado a quarta há, no mínimo, quatro meses. "Se não [tiver
tomado nesse intervalo], as equipes devem orientar a pessoa ou seus
cuidados a voltar em tempo oportuno para aplicação desta terceira dose de
reforço", explica.
Outro fator que pesou a
favor da decisão de aplicar o terceiro reforço nos idosos é a disseminação da
BQ.1 e da XBB, subvariantes da ômicron, no Estado.
O pediatra e membro do
Comitê Estadual de Acompanhamento da Vacinação, Eduardo Jorge Fonseca, alerta
que essas novas cepas são, especialmente, "evasivas" à resposta imune
gerada pelas vacinas.
"O ideal seria que já tivéssemos disponíveis no Brasil as vacinas
bivalentes que incluem, ao menos, as subvariantes BA.4 e BA.5 da Ômicron.
Entretanto, na sua ausência, existem evidências que novos reforços com a vacina
da Pfizer, induzem melhoria da proteção imunológica. Por isso, esta é uma
decisão baseada no bom senso, na ciência e nas experiências relatadas por
outros países", argumenta.
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