segunda-feira, 10 de outubro de 2022

Segundo o CNC, o endividamento está aumentando e atingiu mais de 80% das famílias

                  Segundo a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), o número de famílias endividadas atingiu 79,3% do total de domicílios do país até 10 de setembro. Os devedores aumentaram 0,3 ponto percentual em setembro em relação a agosto, enquanto o avanço foi de 5,3 pontos em um ano.

Para as famílias de baixa renda, a situação é ainda pior. Pela primeira vez, a dívida chegou a 80% nas famílias com renda inferior a dez salários mínimos.

Apesar do número elevado, a taxa de crescimento diminuiu. O ganho de 0,3 ponto percentual deste ano é o menor desde abril. E a melhora em 12 meses foi a menor desde julho passado.

“É possível verificar que a melhora gradual do mercado de trabalho, as políticas de transferência de renda e a queda da inflação nos últimos dois meses são fatores que geram maior disponibilidade de renda para as famílias. Por outro lado, podemos observar que o alto nível de endividamento e os juros elevados afetam, sobremaneira, o orçamento das famílias de menor renda, ao encarecerem as dívidas já contraídas”, observa o presidente da CNC, José Roberto Tadros.

Para esse indicador, a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), da CNC, considera dívidas a vencer no cheque pré-datado, cartão de crédito, cheque especial, carnê de loja, crédito consignado, empréstimo pessoal, prestação de carro e de casa.

Alta na inadimplência

O número de pessoas que atrasaram o pagamento de contas de consumo ou de dívidas também cresceu em setembro, alcançando 30% do total de famílias no país.

O indicador atingiu o maior percentual da série histórica, iniciada em 2010. Ao contrário do endividamento, a taxa de crescimento da inadimplência foi rápida. A dívida vencida aumentou 4,5% em um ano, a maior taxa anual desde março de 2016.

A economista da CNC responsável pela apuração, Izis Ferreira, atribui o aumento às altas taxas de juros, que encarecem as dívidas já contraídas. Segundo a entidade, as taxas de juros nas linhas de crédito para pessoas físicas cresceram 13,5 pontos percentuais em um ano, chegando à média de 53,9%, a maior taxa desde abril de 2018. 

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