Para as famílias de baixa
renda, a situação é ainda pior. Pela primeira vez, a dívida chegou a 80% nas
famílias com renda inferior a dez salários mínimos.
Apesar do número elevado, a
taxa de crescimento diminuiu. O ganho de 0,3 ponto percentual deste ano é o
menor desde abril. E a melhora em 12 meses foi a menor desde julho passado.
“É possível verificar que a
melhora gradual do mercado de trabalho, as políticas de transferência de renda
e a queda da inflação nos últimos dois meses são fatores que geram maior
disponibilidade de renda para as famílias. Por outro lado, podemos observar que
o alto nível de endividamento e os juros elevados afetam, sobremaneira, o
orçamento das famílias de menor renda, ao encarecerem as dívidas já
contraídas”, observa o presidente da CNC, José Roberto Tadros.
Para esse indicador, a
Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), da CNC,
considera dívidas a vencer no cheque pré-datado, cartão de crédito, cheque
especial, carnê de loja, crédito consignado, empréstimo pessoal, prestação de
carro e de casa.
Alta na inadimplência
O número de pessoas que
atrasaram o pagamento de contas de consumo ou de dívidas também cresceu em
setembro, alcançando 30% do total de famílias no país.
O indicador atingiu o maior
percentual da série histórica, iniciada em 2010. Ao contrário do endividamento,
a taxa de crescimento da inadimplência foi rápida. A dívida vencida aumentou
4,5% em um ano, a maior taxa anual desde março de 2016.
A economista da CNC responsável pela apuração, Izis Ferreira, atribui o aumento às altas taxas de juros, que encarecem as dívidas já contraídas. Segundo a entidade, as taxas de juros nas linhas de crédito para pessoas físicas cresceram 13,5 pontos percentuais em um ano, chegando à média de 53,9%, a maior taxa desde abril de 2018.
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