segunda-feira, 17 de outubro de 2022

Prefeitos vão ao Congresso cobrar PEC que viabiliza piso da enfermagem

                     Nesta terça-feira (18), prefeitos da Confederação Nacional de Municípios (CNM) vão ao Congresso Nacional para pressionar pela aprovação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que busca garantir uma fonte de receita permanente ao piso salarial da enfermagem. Trata-se da PEC nº 122/2015, que aumenta em 1,5 ponto percentual os repasses da União ao Fundo de Participação dos Municípios (FPM). No total, o valor chegará a R$ 10 bilhões mensais.

A visita de cerca de 300 gestores municipais será para tentar costurar um apoio no Legislativo. De acordo com o presidente da Confederação dos Municípios, Paulo Ziulkoski, os prefeitos deverão visitar gabinetes e tentar mobilizar parlamentares.

De autoria do deputado Hildo Rocha (MDB-MA), a PEC está na fase de reunir assinaturas. Para que o trâmite do documento tenha início na Casa, são necessárias 171, o equivalente a um terço da Câmara.

O piso dos enfermeiros está suspenso pelo Supremo Tribunal Federal (STF) desde 4 de setembro por não apresentar uma fonte de custeio da nova remuneração. A corte deu 60 dias para que fossem apresentadas soluções orçamentárias a fim de custear a classe.

No Senado, foi aprovado um projeto que prevê a realocação de saldos financeiros não utilizados que tinham como finalidade o pagamento de emendas e gastos no combate à pandemia da Covid-19. A ideia é de que a verba fosse utilizada para bancar a remuneração dos enfermeiros. A matéria estabelece a liberação de R$ 34 bilhões não utilizados. O texto, agora, está na Câmara dos Deputados.

A medida aprovada pelos senadores é apenas uma das propostas que precisam ser tomadas para garantir o pagamento dos valores mínimos aos profissionais da área. O texto do projeto de Luís Carlos Heinze (PP-RS) libera o uso pelos estados e municípios de recursos represados dos fundos regionais de saúde e de assistência social. Mas, uma vez destravada, a verba não será usada diretamente para custear o piso, porque a Constituição proíbe pagamento de pessoal neste caso. No entanto, o projeto dará uma folga aos estados e municípios para possibilitar a remuneração dos enfermeiros. 

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