"Eu nunca tinha visto o
Brasil tomado pelo ódio, como uma parte da sociedade brasileira está hoje. Eu
tenho lido notícias de padres atacados durante a missa porque estão falando da
fome, da pobreza e da democracia. Eles são sendo atacados por pessoas que sempre
conviveram com a gente e a gente não sabia que essa pessoa tinha tanto ódio
dentro dela", disse.
Lula criticou o que chamou
de "direta raivosa", que tem ampliado sua influência na política não
apenas no Brasil, mas em muitos países. "Estamos vendo a direita ganhar
espaço em muitos lugares, uma direita raivosa. Pessoas que não conhecem a
palavra democracia, a palavra respeito".
O candidato afirmou que, se
eleito, retomará a realização das conferências setoriais, com ampla
participação social, para a formulação de políticas públicas. Ele destacou que
mais de 70 conferências nacionais foram realizadas durante a gestão petista no
governo federal.
"Eu tenho a experiência
de que, só tem sentido eu estar nessa disputa, se a gente tiver como obrigação
que o povo decida as políticas que o governo vai colocar em prática nesse
país", afirmou.
Pela manhã, o ex-presidente
fez uma caminhada no bairro de São Mateus, na zona leste de São Paulo, com a
participação de aliados. Durante o ato de campanha, Lula prometeu que o
comércio vai voltar em seu governo. “Nós vamos tomar a atitude de recompor o
poder aquisitivo do povo brasileiro”, disse.
Segundo o ex-presidente, o salário mínimo não tem aumento real há pelo menos cinco anos e garantiu que vai retomar a política de valorização do piso nacional. “O salário mínimo é ganho por 36 milhões [de pessoas], dos quais 22 milhões são aposentados”, disse. “O salário mínimo não aumenta, prejudicando as pessoas que recebem pensão e aposentadoria e que estão há cinco anos sem receber o reajuste”.
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