Os ajustes fiscais foram
realizados para que Pernambuco alcançasse a Capacidade de Pagamento B
(Capag B), título concedido pelo Tesouro Nacional de melhoria no rating fiscal
nacional. Ao conquistar a Capag B, no ano passado, o Estado passou a ser
permitido contrair as operações de crédito para investimento em infraestrutura,
como construção de escolas e hospitais, e obras de saneamento.
Na quarta-feira (28), o
secretário da Fazenda de Pernambuco, Décio Padilha apresentou os resultados da
gestão fiscal do segundo quadrimestre deste ano e apresentou o novo espaço
fiscal para os próximos dois anos.
“Trabalhamos quase três anos
para fazer ajustes fiscais, cortando muitas despesas. Qualquer ajuste é para
abrir lastro para garantir investimento, que gera desenvolvimento, emprego e
renda. O próximo governo já entra com espaço fiscal garantido pela União,
podendo fazer seu plano de investimento”, afirmou o secretário Décio Padilha.
Nos últimos anos foram cortados cerca de R$ 1,4 bilhão no custeio da máquina,
como contratos terceirizados, custos de consultoria, locações de imóveis e
veículos e combustível.
No mês passado, o governo do
Estado contraiu a primeira operação de crédito com bancos privados, no
montante de R$ 800 milhões, já que alcançou a Capag B. Um consórcio formado
pelo Itaú, Santander e Banco de investimento ABC participou de uma chamada
pública para a realização da operação.
Nos últimos oito meses, de janeiro a agosto, Pernambuco investiu R$ 1,5
bilhão - já liquidados - no Estado, sendo 71% de recursos próprios de
Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), e a diferença em
convênios e operações de crédito. O investimento, do governo do Estado, foi
destinado, sobretudo, para obras de estradas, fornecimento de água e
esgotamento sanitário. Esse significou um investimento aproximadamente três
vezes maior que o mesmo período de 2021, que foi de R$ 526 milhões.
Pernambuco também apresentou
a menor despesa com pessoal dos últimos 30 anos. A despesa do pessoal
do Poder Executivo está em 39,59% de um limite de 49%. Se considerar o custo
com pessoal dos três poderes, está em 47,5% de um limite de 60%.
Principal receita do Estado, o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) registrou uma queda na arrecadação no mês de agosto. Depois das aplicações das Leis Complementares 192 e 194, que mudaram a arrecadação do imposto, o Estado teve uma perda de aproximadamente R$ 200 milhões no último mês com essas normas, comparado a agosto do ano passado.
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