"Estamos cientes dos
informes sobre a violência política e estamos fortemente preocupados com o
relato de violência contínua que envolve partidos políticos, apoiadores e
candidatos", disse a porta-voz.
No último fim de semana,
eleitores de Lula e Bolsonaro foram mortos por violência política que partiu de
discussões sobre os dois candidatos. Além das vítimas fatais, houve uma
tentativa de atentado ao deputado Paulo Guedes (PT-MG) e uma confusão
envolvendo militantes do candidato a deputado federal pelo PSOL, Guilherme
Boulos e um integrante do MBL, um jovem de 15 anos, que foi agredido pelos apoiadores
do político.
Além de manifestar
preocupação com os casos mais extremos de violência, Shamdasani também defendeu
que as autoridades brasileiras criem um clima de segurança para o eleitor
manifestar seu direito ao voto, pois é “uma obrigação do estado”.
Sem citar o nome do
presidente Jair Bolsonaro (PL), a porta-voz criticou candidatos que tentam
“descredibilizar” o processo eleitoral. O presidente da República é um crítico
constante das urnas eletrônicas, mesmo sem provas ou indícios de fraude nos
equipamentos de votação.
“Deve-se criar um ambiente
em que possa haver uma troca saudável de ideias e que a imprensa possa agir
livremente, checando e veiculando os resultados do processo eleitoral, também
notamos que tem havido repetidas tentativas de descredibilizar o processo
eleitoral e ameaças a não respeitar o resultado das eleições. Isso também
representa um sério risco ao processo democrático”, disse Ravina.
Violência política
Na avaliação do diretor
executivo do Instituto Global Attitude, Rodrigo Reis, o principal ponto de
violência política do país, historicamente, foi justamente a facada recebida
pelo presidente Jair Bolsonaro (PL), enquanto candidato nas eleições de 2018. O
especialista menciona ainda atentados como o sofrido pelo jornalista Carlos
Lacerda, em 1954 e a morte de João Pessoa, em 1930, quando candidato a vice de
Getúlio Vargas. Pessoa foi assassinado pelo adversário político João Duarte
Dantas.
Apesar de ter sido alvo de
um atentado em 2018, o discurso do próprio Bolsonaro possui o poder de incitar
reações agressivas em seus apoiadores e eleitores, diz Reis.
"Em relação aos últimos casos, acredito que parte do discurso do presidente Jair Bolsonaro fomenta e atiça diferentes níveis de reação da população. De certa maneira não são somente catalisadores, mas as diferentes ações e falas do presidente tem o poder de incitar direta ou indiretamente uma emoção e uma certa reação dos seus candidatos e seguidores. Com o tempo, isso vem se tornando muito aparente", explicou Rodrigo Reis.
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