Nesta comunidade pacata, integrada ao município de Cocalzinho de Goiás, há
quinze dias só se fala em Lázaro Barbosa, o fugitivo de 32 anos, que deixou um
rastro de medo e mortes.
“Alguns
dizem que esse homem é o próprio diabo”, diz Silva, que confessa estar tomando
remédios para controlar a ansiedade.
Para
José Sivaldo, pequeno produtor rural da região próxima ao rio onde se concentra
a busca por Barbosa, a presença do homem apelidado de "serial killer de
Brasília" tem sido "pior que a pandemia de covid", porque o medo
afastou seus filhos, netos e clientes.
Lázaro
Barbosa, natural da Bahia, já havia sido preso em 2011 por roubo e estupro e
fugiu da prisão em 2016. Foi recapturado e fugiu novamente, em 2018, de um
presídio na cidade vizinha de Águas Lindas.
A atual caçada começou no dia 9 de junho, depois que uma família de uma área
rural da região foi morta a facadas. A polícia acredita que Barbosa cometeu os
quatro crimes.
Desde
então, são muitos os relatos de encontros com o fugitivo, de tentativas de sequestro,
tiroteios, roubos, invasões de propriedades e tomada de reféns.
A
dificuldade da polícia em prendê-lo alimentou mitos sobre as proezas de
Barbosa, além de memes e piadas nas redes sociais.
“Meu
dinheiro é como o Lazaro, difícil de encontrar”, escreveu um usuário no
Twitter. “A polícia atrás de Lázaro sou eu quando perco algo em casa”, disse
outro na terça-feira. A gigantesca operação policial conta com drones,
helicópteros e cães farejadores.
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