O ranking dos três dias com mais dados de infecções pelo vírus no Estado também pertence a este mês, como pode ser visto no infográfico no final da matéria. Chama atenção o fato de Pernambuco chegar a estes patamares 20 dias após o fim de um período de medidas restritivas mais rígidas.
Recentemente,
um relatório da Organização Panamericana de Saúde (OPAS) apontou que Pernambuco
é o Estado com a menor taxa de mortalidade por Covid-19 do Brasil - 16,5 óbitos
para cada 100 mil habitantes. No entanto, de acordo com a epidemiologista da
Fiocruz Ana Brito, não há motivo para comemoração. Se levado em consideração o
histórico da pandemia, segue elevado e constante aumento o número de pessoas
mortas em decorrência do coronavírus. Somente nesta terça (20) foram 69 novas
confirmações, totalizando 13.317 óbitos desde os primeiros registros no ano
passado.
Ana
Brito, que também é professora da UPE, explica que para saber a magnitude de
uma doença é preciso levar em consideração os números absolutos e compará-los
ao longo do tempo. “Ainda estamos tendo crescimento no número de casos em nosso
Estado. Temos notificado mais de mil diagnósticos e de 30 óbitos por dia”,
comenta, acrescento que é preciso haver uma queda consistente nas estatísticas
diárias. “Não basta apenas reduzir, os números precisam mostrar uma tendência
de baixa.”
Na
análise de especialistas, as medidas restritivas adotadas no Estado para conter
o avanço da transmissão foram brandas. “Estamos tentando conviver com uma taxa
muito alta de infecção em Pernambuco. A escala Ricci sugere que nas próximas
três a cinco semanas o Estado enfrentará outro aumento de temperatura no que já
está fervendo”, falou o vice-coordenador do IRRD-PE, Jones Albuquerque sobre o
avanço da pandemia.
Segundo
a epidemiologista da Fiocruz, já que o país e o Estado terão dificuldade para
reduzir de transmissão do vírus pela vacina, pois a imunização avança
lentamente, por causa da disponibilidade das doses por parte do Governo
Federal, será preciso continuar adotando medidas não medicamentosas, como uso
de máscaras, isolamento social e higienização das mãos.
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