A
Escola Capitão André Pereira Temudo, em Olinda, registrou o maior número de
casos no período avaliado; 60 desde o retorno às aulas presenciais até a
decretação do fechamento. A Escola Almirante Soares Dutra, no Recife, totalizou
31 infectados, entre professores, professoras e alunos. A terceira unidade de
ensino com mais registros foi a Escola Sérgio Gouveia de Lima, em Nazaré da
Mata, com 30 casos; seguida do Erem Frei Romeu Peréa, em Jaboatão dos
Guararapes, com 25.
O
sindicato informou que o número de casos pode ser maior que o total levantado no
relatório. Em muitas escolas, os gestores ou responsáveis confirmaram infecções
por Covid-19, mas não souberam especificar um quantitativo referente à unidade
de ensino sob sua administração, impossibilitando assim, que os representantes
do sindicato contabilizassem esses dados em relatório.
O
levantamento realizado pelo Sintepe também revela outros dados como o de que,
na grande maioria das vezes, quando houve confirmação da Covid-19 entre
estudantes, as aulas da unidade escolar não foram suspensas. Em 80,4% dos casos
as aulas na escola continuaram e em 19,6% dos casos a escola fechou. Da mesma
forma ocorreu com professores e professoras. Quando houve confirmação de
contaminação pela Covid-19, em 85% dos casos as aulas na unidade escolar não
foram suspensas. Em todos esses casos, apenas as salas onde houve a
contaminação tiveram suas aulas suspensas.
Para
surpresa dos diretores do Sintepe, em 90% das unidades houve o respeito ao
distanciamento de 1,5 metros entre as carteiras dos estudantes, assim como o
recreio era feito em momentos diferentes para evitar a aglomeração.
Para a secretária geral do Sintepe, Marinalva Lourenço, que coordenou o levantamento de dados, mesmo com o cumprimento de alguns protocolos, não foi possível evitar a contaminação de professores, professoras e estudantes. "As escolas são ambientes vivos e dinâmicos. Não adianta apenas cumprir certos protocolos como uso de máscaras e distanciamento em um breve período, mas os estudantes se aglomerarem na volta para casa, no transporte coletivo lotado. É preciso vacina urgente para que o retorno às aulas seja seguro", analisou a secretária geral do Sindicato. Do DP
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