No
acumulado do ano, o crescimento foi de 3,7%, o maior do país. Apenas outros
dois estados brasileiros tiveram saldo positivo: Rio de Janeiro (0,2%) e Goiás
(0,1%), no entanto considerados na estabilidade. Já a média nacional teve queda
de 4,5%. Os dados são da Pesquisa Industrial Mensal, divulgada pelo IBGE.
A
produção industrial pernambucana foi puxada, no acumulado ano, pela fabricação
de produtos de borracha e de material plástico, que teve crescimento de 11,5%,
e de fabricação de produtos alimentícios, que apresentou alta de 9,7%. Ambos os
setores foram bastante demandados durante a pandemia.
"Se
avaliarmos os dados isoladamente, vemos que essa alta de produtos oriundos do
plástico aconteceu em razão do aumento da demanda de delivery e das vendas
online; do setor de alimentos, que, considerado essencial, também foi bastante
impulsionado pela safra do segundo semestre da cana-de-açúcar, responsável por
mobilizar toda uma cadeia; e de bebidas", avaliou Cézar Andrade, economista
da Federação das Indústrias do Estado de Pernambuco (Fiepe).
O
estado ainda teve desempenho positivo em dezembro, na comparação com o mesmo
mês de 2019, com alta de 8,3%. O resultado foi um pouco acima da média
nacional, de 8,2%. No estado, nesta comparação, 11 dos 12 setores industriais
apresentaram crescimento, com destaque para Fabricação de equipamentos de
transporte, exceto veículos automotores, com aumento de 125,3%, e pelo de
metalurgia, com alta de 10,2%.
"Ambos
influenciados pelo retorno do funcionamento do Estaleiro Atlântico Sul, que
está, neste momento, com as atividades voltadas à manutenção de navios",
disse Andrade. Também nesse mesmo intervalo o setor de Fabricação de produtos
de borracha e de material plástico pontuou um bom desempenho, crescendo 20,4%
em razão do crescimento das vendas online.
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