Líder
dos partidos do Centrão, que fazem parte da base do governo na Câmara, o
deputado tinha o apoio do Palácio do Planalto. O resultado representa uma
vitória política do presidente da República, Jair Bolsonaro, que
trabalhava para ter um aliado no comando na Casa.
Além
de definir as pautas de votação do plenário, o presidente da Câmara tem a
prerrogativa de decidir, sozinho, se abre ou não um processo de
impeachment para afastar o presidente da República.
O placar
final da votação ficou assim:
Arthur
Lira (PP-AL): 302 votos
Baleia
Rossi (MDB-SP): 145 votos
Fábio
Ramalho (MDB-MG): 21 votos
Luiza
Erundina (PSOL-SP): 16 votos
Marcel
Van Hattem (Novo-RS): 13 votos
André
Janones (Avante-MG): 3 votos
Kim
Kataguiri (DEM-SP): 2 votos
General
Peternelli (PSL-SP): 1 voto
O
presidente da Câmara também ocupa o segundo lugar na linha de sucessão da
Presidência da República. Na hipótese de Bolsonaro e o vice, Hamilton
Mourão, estarem fora do país, quem comandará o Planalto será Lira.
Lira
foi eleito com o apoio de 11 partidos: PP, PL, PSD, Republicanos, Avante, PROS,
Patriota, PSC, PTB, PSL e Podemos. O deputado do PP ainda contou com ajuda
extra do governo, que entrou de cabeça nas negociações para elegê-lo.
Adversários acusaram o Executivo de liberar, em troca de votos, recursos
adicionais da ordem de R$ 3 bilhões para parlamentares aplicarem em obras
em seus redutos eleitorais.
Bolsonaro
também sinalizou que poderia recriar ministérios para acomodar
indicações dos partidos que apoiaram Lira, descumprindo a promessa feita na
campanha de 2018 quando prometeu uma Esplanada com 15 ministérios. Hoje, já são
23. Depois, diante da repercussão negativa, o presidente voltou atrás e negou
a intenção de reabrir pastas.
Senado - O senador Rodrigo Pacheco (DEM-MG) foi eleito
em primeiro turno nesta segunda-feira (1º), em votação secreta, presidente
do Senado e do Congresso Nacional pelos próximos dois anos.
Pacheco
recebeu 57 votos e Simone Tebet (MDB-MS), 21. Os dois foram
os únicos que restaram na disputa após Lasier Martins (Pode-RS), Major Olímpio
(PSL-SP) e Jorge Kajuru (Cidadania-GO) terem desistido em favor de Tebet.
A
candidatura de Pacheco contou com o apoio do presidente Jair Bolsonaro e
de dez partidos, entre os quais siglas de oposição, como PT, Rede e PDT.
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