
O
governador Paulo Câmara (PSB) se pronunciou, na noite deste domingo
(3), sobre as agressões a jornalistas ocorridas durante uma manifestação
antidemocrática e inconstitucional, em Brasília. O presidente Jair
Bolsonaro (sem partido) participou de um evento que teve como alvo o
Supremo Tribunal Federal (STF). Segundo o chefe do Executivo pernambucano,
"o enfrentamento à pandemia, uma guerra pela vida, agora acontece ao lado
de outra luta, em defesa da democracia brasileira".
Em
discurso aos manifestantes, o presidente Bolsonaro, em um tom de desafio aos
demais poderes, pediu a Deus para não ter problemas nesta semana porque,
segundo afirmou, "chegou ao limite".
Bolsonaro
não esclareceu o que isso significa. O protesto contra o STF e o Congresso
ataca dois pilares do sistema democrático, o que torna fora da lei os pedidos
de fechamento.
Os
atos também criticaram o ex-ministro da Justiça e Segurança Pública Sergio
Moro. Durante o ato, jornalistas de diversos veículos foram agredidos e
hostilizados por participantes do protesto.
Por
meio de publicações no Twitter, o governador de Pernambuco desejou que "o
Dia da Liberdade de Imprensa alerte o país sobre a importância de se unir em
torno de ideais humanitários, com respeito às pessoas e às instituições".
Ele
disse, ainda, que repudia "com veemência estas agressões a profissionais
de saúde e de comunicação" e que "são inaceitáveis, estão na
contramão da história e são um ataque irracional a prioridades absolutas no
mundo. Todos precisam da ciência e da informação".
Por
fim, Paulo Câmara disse, ainda, que "o Brasil precisa de ação integrada,
com paz e responsabilidade, para superar o momento mais difícil e poder
retomar, gradualmente, a vida sem isolamento. Construindo a nova normalidade
pós-pandemia".
Em
Pernambuco, um ato ocorreu na tarde deste domingo (3), na BR-232, nas
proximidades de um quartel do Exército. Segundo a Polícia Rodoviária Federal
(PRF), os manifestantes não bloquearam a via.
A
manifestação começou por volta das 14h e terminou às 1+6h30, ainda segundo a
PRF. Os participantes levaram faixas e cartazes com frases contra o STF e o
Congresso Nacional.
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