
O
Galo Gigante está à espera do folião. Em pé, reinando na ponte Duarte Coelho,
na Boa Vista, Centro do Recife. Há 53 anos é assim. A ansiedade também. Mas o
tradicional símbolo do maior bloco carnavalesco do mundo, o Galo da Madrugada,
chega para a sua versão de 2020 batizado de “Galo Circense de olho no futuro”.
São 28 metros de altura e sete toneladas de peso. Ele é ecofuturista. Vestido
com resíduos tecnológicos, o Galo tem luzes de LED como a principal atração.
Seu grande momento está agendado para as 9h deste Sábado de Zé Pereira (22),
quando o bloco começa a tomar as ruas centrais da capital pernambucana.
O
Galo da Madrugada 2020 vai homenagear grandes nomes da cultura popular
pernambucana, como J. Borges, Mestre Galo Preto, Carmem Folni-ô, Jaqueline Xukuru,
Cléo Pankararu, Caju e Castanha e Mestre Dila de Caruaru. O desfile de seis
quilômetros terá 30 trios elétricos, seis carros e nove alegorias, além de
bonecos gigantes. O cenógrafo do bloco, Ari Nóbrega, contou que todos os
desenhos para os carros alegóricos foram feitos por J. Borges e seguem a
temática da literatura de cordel e xilogravura, trazendo elementos da cultura
nordestina.
O
desfile irá unir artistas de Pernambuco e de outros estados no comando dos
trios. Entre as duplas atrações, Pablo Vittar e Romero Ferro e Marcelo Falcão e
Elba Ramalho. O percurso passará por seis bairros: São José, Santo Antônio,
Coelhos, Cabanga, Boa Vista e Bairro do Recife.
O
desfile também terá uma pegada ecológica. O último trio contará com mais de 200
catadores de 10 cooperativas que recolherão todos os resíduos sólidos gerados
no bloco, como latinhas de alumínio, plástico e papelão. O percurso ainda
contará com seis ecopontos. Uma empresa comprará todo o material captado por um
preço acima do que oferecido pelos ferros velhos. Na frente da sede, um painel
que mostrará a quantidade de material recolhido. A empresa calculará todo o CO2
emitido no Galo da Madrugada e tudo será convertido com o plantio de árvores.
Nenhum comentário:
Postar um comentário