
A
Taurus, maior fabricante brasileira de armas leves e uma das maiores do mundo,
anunciou nesta segunda-feira (27) a assinatura de uma joint venture com o
indiano Jindal Group para iniciar fabricação de armamentos na Índia com
transferência da tecnologia brasileira.
A
Jindal terá 51% de participação, e a Taurus, 49%. O acordo estava em negociação
há 11 meses. Segundo o presidente da Taurus, Salésio Nuhs, o acordo se encaixa
no programa "Make in India" do primeiro-ministro indiano Narendra
Modi, que estimula a substituição de importações e instalação de indústrias na
Índia.
"Um
passo muito importante para o futuro da Taurus, pela primeira vez estamos em um
programa de transferência de tecnologia na área de Defesa de governo de uma
grande economia mundial, segundo maior comprador de armas do mundo, a
Índia", disse Nuhs.
O
objetivo é fabricar armamentos para o mercado civil, revólveres e pistolas, e
para o mercado militar, participando de licitações públicas de fuzis e outros.
A expectativa é que o governo indiano compre em 5 anos meio milhão de fuzis. O
mercado indiano é bastante restrito para fabricação de armas no país. A
produção de armamentos e munições é regulada por um sistema de licenciamento
dos anos 50.
No
Brasil, a Taurus emprega 2100 pessoas e gera 5 mil empregos indiretos, segundo
Nuhs. A empresa também tem fábrica nos Estados Unidos. O Jindal Group tem
faturamento de US$ 24 bilhões de 200 mil funcionários no mundo.
No
domingo de manhã (26), o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) defendeu a
entrada de fabricantes estrangeiros de armamentos no Brasil, dizendo que o
virtual monopólio da Taurus no mercado faz com que as armas tenham preços altos
no Brasil, o que restringe o acesso da população.
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