
O
presidente do BNDES, Gustavo Montezano, disse nesta quarta-feira (29)
que auditoria para investigar contratos do banco com a empresa J&F —
controladora da JBS — foi recomendada pelo auditor externo dos
balanços financeiros da instituição, a consultoria KPMG. Em uma apresentação no
Ministério da Economia, Montezano defendeu a contratação e disse que os dois
aditivos foram sugeridos pelos técnicos do banco.
“Em
setembro de 2017, o auditor das demonstrações financeiras do banco recomendou
que o banco se protegesse através da contratação de uma investigação externa”,
disse Montezano. “A nossa função é recuperar a reputação do banco. Não estamos
aqui para acusar ninguém. A nossa função é dar total transparência para
qualquer cidadão que o BNDES não tem mais nada a esconder, pelo contrário”.
Perguntado
sobre se há ainda uma “caixa-preta” a ser aberta no BNDES, ele respondeu:
“A
gente entende que, no momento atual, não há nada mais a esclarecer em relação a
operações polêmicas do passado”, declarou.
Segundo
o presidente do BNDES, a auditoria custou R$ 42,7 milhões, somando os valores
iniciais e os dois aditivos. O valor é diferente do que vinha sendo divulgado,
de R$ 48 milhões, por conta da diferença da cotação do dólar. O BNDES considera
o cotação da moeda americana em cada momento da contratação.
O
serviço foi realizado pela consultoria Cleary Gottlieb Steen & Hamilton
LLP, e pelo escritorios Protivi e Levy & Salomão. A KPMG e a Grant Thornton
são os auditores independentes do BNDES. Foram eles que sugeriram a contratação
da investigação. A KPMG e a Grant Thornton também fizeram a validação da
investigação.
Montezano
afirmou que a auditoria, contratada entre 2017 e 2018, mirava oito operações do
banco com a J&F em montante atualizado de R$ 20,1 bilhões. A auditoria não
encontrou irregularidades nas operações do BNDES com a J&F.
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