
A Câmara
dos Deputados aprovou nesta quarta-feira (3) o texto-base do projeto que
prevê uma série de medidas para endurecer a legislação penal contra o crime. Com
a aprovação do texto-base, os deputados passaram à análise dos destaques, isto
é, propostas que visam modificar a redação original. Esta etapa não havia sido
concluída até a última atualização desta reportagem. O texto a ser aprovado
será enviado ao Senado.
O
texto-base aprovado pelos deputados reúne parte do pacote anticrime apresentado
no início deste ano pelo ministro da Justiça, Sergio Moro, e parte do
projeto elaborado pela comissão de juristas coordenada pelo ministro Alexandre
de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
O
texto aprovado pelos deputados teve mudanças em relação à versão aprovada no
grupo de trabalho que discutiu o tema inicialmente.
Entre
as mudanças, estão a possibilidade de execução da pena em caso de condenado no
tribunal do júri se a pena for superior a 15 anos e a gravação de visitas entre
advogados, familiares e presos em Regime Disciplinar Diferenciado, desde que
com autorização judicial.
Outras
mudanças são a ampliação do limite de tempo de cumprimento das penas privativas
de liberdade de 30 para 40 anos; aumenta a pena do crime de homicídio quando o
criminoso usa, na ação, arma de fogo de uso restrito ou proibido; impede que
condenados por crimes hediondos com resultado morte possam obter o benefício da
liberdade condicional; Aumenta a penas dos crimes contra a honra (calúnia,
difamação, injúria) cometidos na internet. Neste caso, a pena pode ser aplicada
até o triplo, entre outros.
Durante
a análise do tema, o grupo de trabalho rejeitou alguns pontos do pacote
anticrime apresentado por Moro, entre os quais a possibilidade de prisão
em segunda instância; a chamada plea bargain, espécie de acordo para o
acusado que confessa o crime; e a regra que previa audiência por
videoconferência.
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