
O
presidente Bolsonaro sancionou ontem (24) o tão propagado e defendido
"pacote anticrime" do ministro Sérgio Moro. No entanto, não foi bem
da forma como gostariam o ex-juiz federal e tantos dos milhares do rebanho
bolsonarista que milita nas redes sociais.
Isto
porque no meio da sanção estava nada mais, nada menos que a emenda que trata do
"juiz de garantias", o que contraria doutor Moro, o
"Russo" para os íntimos da Lava Jato, e é de autoria de ninguém menos
que o deputado Marcelo Freixo, do PSOL. Até as pedras do Arpoador sabem do
"gabinete do ódio" que cada bolsonarista traz no peito contra o
partido do Freixo.
O Juiz
de Garantias trata-se da figura de um magistrado que vai instruir os processos,
mas não julga-los - e quem acompanhou de perto a celeuma Telegram / The
Intercept Brasil / Vaza Jato consegue compreender a insatisfação do Sergio Moro
com essa nova personagem da Justiça proposta por Freixo, pois o Moro juiz não
só instruía , como tomava partido (da acusação) e julgava com a faca entre os
dentes - pelo menos o processo do Lula foi assim, o do triplex. Até
testemunha de acusação ele e o Dallagnol tentaram fabricar, de acordo com as
mensagens reveladas pelo Intercept.
Bolsonaro
sancionou o pacote com 25 vetos. E a turma da camisa amarela da CBF estava
crente que o presidente vetaria o juiz de garantias para agradar Sérgio Moro.
Não foi o que aconteceu. "O juiz das garantias é responsável pelo controle
da legalidade da investigação criminal e pela salvaguarda dos direitos individuais
cuja franquia tenha sido reservada à autorização prévia do Poder
Judiciário", diz o texto sancionado.
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