O
subprocurador-geral Augusto Aras foi indicado pelo presidente Jair
Bolsonaro para o comando da Procuradoria-Geral da República. A indicação
foi publicada em edição extra do Diário Oficial da União no final da
tarde desta quinta-feira (5). Aras substituirá Raquel Dodge, cujo mandato
de dois anos termina no próximo dia 17. Ela poderia ser reconduzida, mas acabou
preterida na disputa.
O
escolhido pelo presidente precisa agora ser aprovado em sabatina do Senado.
O mandato é de dois anos. Pela primeira vez em 16 anos, o novo PGR não está na
lista tríplice escolhida em eleição interna da Associação Nacional de
Procuradores.
Natural
de Salvador, Augusto Aras, 60, é doutor em direito constitucional pela PUC-SP
(2005) e mestre em direito econômico pela UFBA (Universidade Federal da Bahia,
2000). Foi professor da UFBA e hoje leciona na UnB (Universidade de Brasília).
Subprocurador-geral,
último estágio da carreira, Aras ingressou no Ministério Público
Federal em 1987, já atuou nas câmaras de matéria constitucional e de
matéria penal e atualmente coordena a 3ª câmara (matéria econômica e do
consumidor).
Também
foi membro do Conselho Superior do MPF, procurador regional eleitoral na Bahia,
de 1991 a 1993, e representante da Procuradoria no Cade (Conselho
Administrativo de Defesa Econômica), de 2008 a 2010.
Aras
se lançou oficialmente à corrida pela PGR em abril deste ano, quando, em
entrevista ao jornal Folha de São Paulo, foi o primeiro candidato a
admitir publicamente que disputava o cargo por fora da lista tríplice - o que
lhe rendeu críticas de colegas, que veem na eleição interna uma forma de
garantir a independência da instituição em relação do Poder Executivo.
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