No famoso estilo toma lá dá cá, a edição
extra do "Diário Oficial da União" publicada nesta terça-feira (6)
registra o envio pelo Palácio do Planalto ao Congresso de projeto de lei que
destina R$ 3,041 bilhões para vários ministérios. Desse total, R$ 2 bilhões
serão utilizados para pagamento de emendas parlamentares, segundo assessores
presidenciais relataram.
A
publicação se deu horas antes do início da votação em segundo turno da reforma
da Previdência Social no plenário da Câmara. Na volta do recesso parlamentar,
os parlamentares reclamavam que o governo não havia cumprido sua promessa.
No
primeiro turno, o governo até autorizou a liberação dos recursos das emendas,
mas deputados descobriram que em muitos casos não havia dotação orçamentária
para a liberação do dinheiro.
Sgundo
levantamento da ONG Contas Abertas, em julho, mês em que a Câmara concluiu o
primeiro turno da reforma da Previdência, foram liberados mais de R$ 3 bilhões
em emendas parlamentares.
O
governo prometeu enviar projeto destinando recursos para o pagamento antes do
início do recesso, mas não o fez. Só agora, depois de novas cobranças, o
projeto foi enviado ao Legislativo, que deve aprová-lo nos próximos dias.
Um
líder governista reclamava da demora do governo.
“A
promessa era enviar esse projeto antes do recesso. Já havia até relator
designado. Aí, a gente volta do recesso e descobre que o projeto não foi
enviado. Só agora o governo manda, com R$ 2 bilhões para pagamento do restante
das emendas. O clima estaria melhor se o governo tivesse resolvido isso antes
do recesso”, afirmou esse líder.
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