O
embate entre forças policiais de Pernambuco e Paraíba que resultou na morte de
oito suspeitos na madrugada dessa terça-feira (2) continua com pontos a
esclarecer. A Polícia Civil pernambucana investiga se o vereador Andson Berigue
de Lima, o Nanaca (PP), em Betânia, PE, tinha de fato ligação com o bando;
apura quem teria disparado a espingarda de repetição contra uma viatura, em
Santa Cruz do Capibaribe, Agreste do estado; e averigua se o caso tem ligação
com o Novo Cangaço, modalidade criminosa que consiste em assaltar bancos pelo
interior nordestino.
A
ação integrada foi detalhada em coletiva realizada na manhã desta quarta (3),
no Quartel do Derby. Segundo o porta voz da Polícia Militar de Pernambuco,
tenente-coronel Luiz Brito, o emprego de violência foi necessário por se tratar
de um grupo extremamente agressivo, que não pretendia se render e que atacava
os agentes na hora em que foram surpreendidos, no Sítio Boi Brabo, localizado
no limite entre Barra de São Miguel e Riacho de Santo Antônio, na Paraíba.
“Apesar de terem visto que o aparato policial
era muito superior ao que eles tinham de arsenal, enfrentaram a força pública
com extrema violência. Eles não iam se entregar, mesmo com a voz de comando,
mesmo com o cerco policial, empreenderam fuga e atiraram contra a força
pública”, disse Luiz, que acredita que o bando estava reunido para planejar
outro ataque a banco, visto que a quantia apreendida com os suspeitos era
visivelmente inferior a que costuma ser vista em casos similares - R$ 56.075,00.
Ainda
não estão claras as ligações perigosas da quadrilha. Só há dois fatos
atestados: que o líder seria José Adson de Lima, conhecido como Galego de Leno;
e que o vereador Nanaca, irmão de Galego, estava dentro de um dos carros
utilizados na fuga pelo bando na terça. A Polícia Civil ainda não pode atestar
se o político era integrante efetivo do grupo.
“As informações iniciais apenas apontam os
irmãos tinham passagem pelo sistema penitenciário por adulteração de placa de
carro”, pontua o delegado José Rivelino Ferreira de Morais, diretor integrado
do Interior I. Do DP
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