O
ex-diretor da Dersa (estatal paulista de rodovias) Paulo Vieira de Souza foi
condenado nesta quarta-feira (6) a 145 anos e oito meses de prisão por peculato
(desvio de dinheiro público), associação criminosa e inserção de dados falsos
em sistema público nas obras do Rodoanel Sul, em São Paulo. É a segunda vez que
ele é condenado na Lava Jato em menos de uma semana.
Apontado
como operador do PSDB, Paulo Vieira completa 70 anos nesta quinta (7) e, se não
tivesse sido condenado, o tempo para os crimes prescreverem reduziria pela
metade. O prazo das prescrições é estabelecido pelo artigo 109 do Código Penal.
A
sentença foi dada pela juíza da 5ª Vara Criminal Federal Maria Isabel do Prado,
que ainda condenou Tatiana Arana, uma das filhas de Paulo Vieira, a 24 anos e
três meses de prisão. Um ex-funcionário da Dersa também foi condenado a 145
anos de prisão. Eles podem recorrer da decisão ao Tribunal Regional Federal da
3ª Região (TRF).
Paulo
Vieira de Souza foi diretor da Dersa, empresa estatal paulista de construção e
manutenção de rodovias, de 2005 a 2010, durante os governos de Geraldo Alckmin
e José Serra, do PSDB.
Ele
está preso preventivamente desde 19 de fevereiro pela 60ª fase da Operação
Lava Jato na sede da Polícia Federal em São Paulo aguardando transferência para
Curitiba. A defesa de Paulo Vieira de Souza informou que só vai se posicionar
depois de ter acesso à sentença.
Nesta
ação, Paulo Vieira foi acusado pelo Ministério Público Federal de desviar R$
7,7 milhões em desapropriações no trecho sul do Rodoanel.
Segundo
a denúncia, ele teria beneficiado quatro empregadas com apartamentos da
Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano do Estado de São Paulo e
auxílios-mudança que deveriam ir para os reassentados pela obra viária. Nenhuma
delas morava no traçado das obras do Rodoanel. Do G1
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